18/10/13

Estive quase morto no deserto e o porto aqui tão perto: um necessário esclarecimento público

Reafirmamos: Fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa. No dia 19 de Outubro vamos bloquear o terminal de Alcântara do Porto de Lisboa, após a concentração da CGTP às 15h, em Alcântara. Vamos interromper a circulação de mercadorias no principal terminal de transporte marítimo de Portugal. Vamos apoiar a greve em curso dos estivadores. Esta é a nossa greve à austeridade. Reafirmamos: Esta é uma convocatória aberta e múltipla.

Esclarecemos: Vamos juntar-nos à concentração marcada para Alcântara e seguir depois juntos com os estivadores até à Gare Marítima de Alcântara, e com todas as pessoas e organizações que já se pronunciaram nesse sentido.

Esclarecemos: Vamos bloquear a entrada do porto. Vamos encanzinar. Vamos fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa. Por um gigante protesto contra a austeridade no dia 19 de Outubro.
Esclarecemos: A CGTP e seus associados estão a ser atacados por um estado autoritário e ilegítimo e portanto terão todo o nosso apoio se decidirem desobedecer. Não podíamos amar mais a convocatória de motards lançada pelo deputado comunista Miguel Tiago.

Apelamos a que eventuais acções de ocupação e entrada no interior do porto tenham em conta a moldura penal violenta, aplicável mesmo no exercício do direito de manifestação. Esta convocatória não prevê a ocupação do porto de Lisboa. Estamos contudo conscientes que o movimento que se constituirá na rua no dia 19 tomará decisões plenamente conhecedor das suas capacidades.

Apelamos à participação massiva de todas as pessoas disponíveis para acompanhar e comunicar os protestos de sábado: a comunicação é uma arma. Apelamos à participação massiva de juristas e advogados que possam assegurar no terreno o respeito pelos direitos e liberdades fundamentais.

Retirado daqui

1 comentários:

Libertário disse...

A CGTP na continuidade da Intersindical é uma instituição sindical que desde o 25 de Abril vem dado provas de como as estruturas sindicais são componentes essenciais da co-administração do Sistema.

A sua prática é de negociação e cedência sistemática, recusa uma postura de sindicalismo revolucionário, acata a ordem jurídica do capitalismo e insere todas as lutas dos trabalhadores na estratégia de longo prazo do PCP que é de reforma gradual deste Sistema. Greves ilegais, acção directa, sabotagem, boicote, confronto estão fora do seu discurso e principalmente da sua prática. Ou seja a CGTP, está nas antípodas da velha CGT, da primeira república, sindicalista revolucionária e anarco-sindicalista.

Apesar dos seus discursos, obviamente bem diferentes dos da burocracia da UGT, na essência convergem as duas centrais na estratégia de negociação com o Estado e com os capitalistas.

Este caso da Ponte 25 de Abril só confirma tudo isto numa situação que alguns poderiam pensar que a CGTP estaria, em função da crise social e económica, disposta a «radicalizar» as formas de luta. Não é por acaso que sistematicamente os homens do sistema, capitalistas e políticos, elogiam abertamente o papel dos sindicatos e da CGTP na contenção e disciplina da luta social.

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