Reafirmamos: Fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa. No
dia 19 de Outubro vamos bloquear o terminal de Alcântara do Porto de
Lisboa, após a concentração da CGTP às 15h, em Alcântara. Vamos
interromper a circulação de mercadorias no principal terminal de
transporte marítimo de Portugal. Vamos apoiar a greve em curso dos
estivadores. Esta é a nossa greve à austeridade. Reafirmamos: Esta é uma
convocatória aberta e múltipla.
Esclarecemos: Vamos juntar-nos à concentração marcada para Alcântara e seguir depois juntos com os estivadores até à Gare Marítima de Alcântara, e com todas as pessoas e organizações que já se pronunciaram nesse sentido.
Esclarecemos: Vamos bloquear a entrada do porto. Vamos encanzinar.
Vamos fazer pontes, ocupar a rua, parar o porto de Lisboa. Por um
gigante protesto contra a austeridade no dia 19 de Outubro.
Esclarecemos: A CGTP e seus associados estão a ser atacados por um
estado autoritário e ilegítimo e portanto terão todo o nosso apoio se
decidirem desobedecer. Não podíamos amar mais a convocatória de motards lançada pelo deputado comunista Miguel Tiago.
Apelamos a que eventuais acções de ocupação e entrada no interior do
porto tenham em conta a moldura penal violenta, aplicável mesmo no
exercício do direito de manifestação. Esta convocatória não prevê a
ocupação do porto de Lisboa. Estamos contudo conscientes que o movimento
que se constituirá na rua no dia 19 tomará decisões plenamente
conhecedor das suas capacidades.
Apelamos à participação massiva de todas as pessoas disponíveis para
acompanhar e comunicar os protestos de sábado: a comunicação é uma arma.
Apelamos à participação massiva de juristas e advogados que possam
assegurar no terreno o respeito pelos direitos e liberdades
fundamentais.
Retirado daqui.
1 comentários:
A CGTP na continuidade da Intersindical é uma instituição sindical que desde o 25 de Abril vem dado provas de como as estruturas sindicais são componentes essenciais da co-administração do Sistema.
A sua prática é de negociação e cedência sistemática, recusa uma postura de sindicalismo revolucionário, acata a ordem jurídica do capitalismo e insere todas as lutas dos trabalhadores na estratégia de longo prazo do PCP que é de reforma gradual deste Sistema. Greves ilegais, acção directa, sabotagem, boicote, confronto estão fora do seu discurso e principalmente da sua prática. Ou seja a CGTP, está nas antípodas da velha CGT, da primeira república, sindicalista revolucionária e anarco-sindicalista.
Apesar dos seus discursos, obviamente bem diferentes dos da burocracia da UGT, na essência convergem as duas centrais na estratégia de negociação com o Estado e com os capitalistas.
Este caso da Ponte 25 de Abril só confirma tudo isto numa situação que alguns poderiam pensar que a CGTP estaria, em função da crise social e económica, disposta a «radicalizar» as formas de luta. Não é por acaso que sistematicamente os homens do sistema, capitalistas e políticos, elogiam abertamente o papel dos sindicatos e da CGTP na contenção e disciplina da luta social.
http://pt.indymedia.org
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