12/01/15

Islamismo pró-ocidental

Enquanto, discretamente, um representante diplomático da Arábia Saudita era Charlie na manifestação de Paris,  centenas de espectadores numa praça pública em Jidá viram, sexta-feira, Raef Badawi a ser chicoteado 50 vezes. Durante 15 minutos, em silêncio e sem chorar, Raef Badawi foi sujeito ao castigo decidido pelas autoridades da Arábia Saudita que incluem, além de dez anos de prisão, mil chicotadas repartidas por 20 semanas por ter insultado o Islão.

Uma testemunha anónima contou à Associated Press que o co-fundador do site Rede Liberal Saudita, e laureado em 2014 com o prémio Repórteres sem Fronteiras, estava algemado mas com a cara descoberta. Foi transportado da prisão para o local, pouco depois de terem terminado as orações do meio-dia numa mesquita próxima. Cumpriu, assim, as primeiras 50 chicotadas por ter criticado o poder dos líderes religiosos na Arábia Saudita, no blogue que fundou com a activista dos direitos das mulheres Suad al-Shammari e onde defendeu o fim da influência da religião na vida pública daquele país.

4 comentários:

Anónimo disse...

Está tudo dito...

Então porque será que invadiram o Iraque, a Líbia, e bombardeiam a Síria, e convivem alegremente com a Arábia Saudita e outros califados?
Pela mesma razão que no passado patrocinaram as ditaduras sangrentas em toda a América Latina ao mesmo tempo que atacavam por todos os meios o regime cubano em nome do "mundo livre".

não dirás o nome de estaline em vão que floresçam mil Mao's tsé's disse...

50 em cada semana é muito deviam fazer em suaves prestações mensais e o islão não tem juros senão em regime capitalista só em juros eram mais mil

Anónimo disse...

O fascismo securitário está a caminho,orquestrado e manipulado pela inverosimel Pax Americana dominante e dominadora em todos os tabuleiros, como muito bem o escreveu e explicou Jorge Valadas no texto do dia 11 no Vias.O grande jornalista italiano, Giuletto Chiesa, aprofunda a tese de Valadas, como relata um site libertário francês hoje.Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Prezado Não dirás o nome de Estaline…

Não terá um saco onde meta a sua viola? Não ponderou a possibilidade — benéfica para si e para o resto do mundo — de, à falta de saco, a meter noutro sítio qualquer, ou de, pelo menos, deixar de a tanger em público?

msp