A blasfémia não me entusiasma, não só porque como certo anticlericalismo tribunício, de que falava Alexandre O'Neill, se fica pela batina, mas porque tende a documentar no blasfemo marcas persistentes da fé contra a qual se insurge, representando assim um caso de acordo entre as formas da contestação e as da religião contestada, que acaba por redundar em benefício desta ou do crescimento e multiplicação dos seus descendentes.
Dito isto, uma vez que há quem entenda dever reclamá-la como direito para combater o atentado contra a liberdade de expressão que a sua criminalização acarreta, mais vale prevenir do que remediar e, por isso, recordar aqui que, no próximo dia 30 de Setembro, a celebração do Dia Internacional do Direito à Blasfémia põe na ordem do dia a prioridade da luta contra todas as intervenções confessionais do Estado que visem sacralizar a hierarquia governante ou pôr fora de discussão os artigos de fé desta ou daquela doutrina.
28/09/12
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4 comentários:
A Revolução Social na Grécia não pára e, ao que parece,não existem grupos( comités de acção)e outro tipo de associações políticas extra-parlamentares para avivarem o fortíssimo exemplo grego na região portuguesa. Ocupações e greves muito duras alinham-se por todo o território. As forças policiais adoptaram um refinada e muito perigosa estratégia de provocação contra os insurgentes, passando a infiltrar provocadores e a " colonizar " bairros com franjas do lumpen-proletariado viciadas em drogas duras. A coligação centrista adoptou um plano de venda em saldo do património do imobiliário estadual grego no estrangeiro, embaixadas e Consulados,com um caso escandaloso relacionado com a venda do palácio do consulado-geral grego em Londres. Passos Coelho deve optar pelo mesmo " estilo " de saldo...como se passa com um apart. de Nova Yorque...Não existem referências nos grandes Médias Mundiais à aludida tentativa de golpe de Estado de uma facção nacionalista do exército grego, mas a NATO/EUA dificilmente deixaria germinar essa ideia muito perigosa e numa área geopolítica vital, a ombrear com um Médio Oriente em suspense vertiginoso por causa do Irão. Salut. Niet
Meus caros: O meu comentário era para o texto do inexcedível Miguel Madeira sobre o putativo Golpe de Estado na Grécia . Problemas de tensão arterial( nada de grave) induziram-me a postar o comentário participativo no post do M.S. Pereira. Ou estaria ainda a imaginar as repercussões do texto " fundador " do Passa Palavra " sobre a conjuntura política portuguesa? Cruzamento de
pulsões e gratitude, pois! Salut! Niet
OK, Niet.
Creio que o Miguel Madeira já transferiu o teu comentário para o devido lugar.
Bom vento!
msp
O comentário do Niet estava com azar, porque eu também me enganei no post ao tentar realojá-lo.
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