23/09/12

O fim do aumento da TSU - comentário feito post

Do leitor "Libertário":
 Não foi o governo que deixou cair, nem o Conselho de Estado que não deixou passar a TSU, foi o Povo, os cidadãos comuns, nas ruas que barraram essa decisão do Governo, benzida pela Troika.

 Deixar isto claro é perceber que só nas ruas se podem impedir as políticas anti-sociais dos grupos dominantes. Lição que nos serve a todos, principalmente aos que já a haviam esquecido.

2 comentários:

Lapa disse...

Concordo em absoluto. Estamos face a um governo, como outros na Europa, que só têm como objectivo aproximar o preço do trabalho daquele que é praticado em zonas do mundo que não é necessário enumerar.
Não podemos esperar deste governo, nem dos passados nem dos futuros, uma política diferente daquela que são obrigados a praticar pelas autoridades extra-nacionais, primeiro porque ela lhes é benéfica e segundo porque a ideia duma organisação diferente está fora dos limites inteligiveis de todos os membros que os compõem. Se a eles acrescentamos as compreensões responsáveis de sindicatos e outros mídias a tarefa vais ser dura, mas como diz o anónimo é a única que pode travar a descida. Descida que ninguém conhece os limites. Haverá um preço horário do trabalho em Portugal que satisfaça a voracidade do capitalismo internacional ? Qual ? Isto para dizer que o que se passou no dia quinze vai ter que ser repetido. De « dirigentes » como aqueles que vocês conhecem, de esquerda e de direita não vejo a necessidade e a eles podem-se juntar os da Espanha, França e etc.

Anónimo disse...

Belíssimo gesto de M. Madeira a abrir o jogo e a emblemática representatividade da tomada de posições,desta feita dando realce táctico a uma perspectiva corajosa e concreta do Libertário.De facto, a alternativa política ao capitalismo neo-liberal só se pode construir em combates de rua e nos locais de trabalho. E aqui surge - destaque do volume I da Antologia & Inéditos- Textos Políticos de Castoriadis- 1945/1997, que acaba de sair em Paris- o enfoque decisivo e incontornável dessa deliberação transformadora essencial, que o autor de " O conteúdo do Socialismo " sinaliza desta forma:(...) as formas de organização do poder autónomo, expressas pelos termos ´sovietes `ou ´Conselhos Operários `devem servir tanto para a conquista do poder assim como para conceber a direcção do trabalho produtivo depois desta conquista. Primeiro, porque o poder dos trabalhadores sobre a sociedade não pode ser obtido de outra forma, por exemplo, pelo que poderiamos apelidar de partido revolucionário. Em segundo lugar,porque os sovietes, que serão mais tarde necessários à produção, não podem constituir-se senão através da luta de classe para a conquista do poder ". Salut! Niet