16/09/12
Em democracia o povo é quem governa
por
Pedro Viana
Em Lisboa, no Porto, por todo o país, muitas centenas de milhar de pessoas decretaram ilegítimo um pretenso governo instalado num antigo palácio lá para os lados de S. Bento, Lisboa. Como tal pode não ter sido ainda percebido pelos restantes lacaios da oligarquia no poder, convém ir fazer-lhes ver, ao final da tarde na próxima sexta-feira, dia 21 de Setembro, que quanto mais adiarem o inevitável maior será a sua queda. Com início às 17h, todos nós a uma só voz: saltem todos dos vossos poleiros! O povo é quem governa!
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4 comentários:
O Balão podia ser alfinetado por Guterres, mas fugiu.
Durão teve o balão e o alfinete, mas tambem fugiu,
Santana nem teve tempo de pegar no alfinete que Sampaio não deixou.
Sócrates assoprou ainda mais no Balão.
Passos quewr alfinatar o Balão mas ninguem deixa!
Porra pró balão!
O importante das manifestações de ontem é que uma convocatória feita fora das estruturas partidárias tenha mobilizado por um número significativo de cidadãos, uns indignados, outros revoltados, outros cheios de aturar os poderosos, mas todos em ruptura com as políticas anti-sociais impostas pelo governo e pela troika. Pode ser um ponto de viragem e de sinalização para os donos do Poder mostrando que as pessoas comuns não estão dispostas a suportar todas as suas políticas e que mesmo em Portugal o povo quando é confrontado desta forma pelos poderosos também reage.
Como parece óbvio não vale a pena ser excessivo no optimismo...As ilusões eleitorais estão aí, as diferentes máfias querem disputar o Poder, o PS há muito demonstrou ser uma ala do grande Partido Único que nos governa e o grande sonho, ou ilusão, do BE e do PCP é integrarem um governo com o PS.
Apesar de tudo mais uma vez se provou que só as ruas podem barrar esta máfia dominante e nessa interacção entre as pessoas comuns aparecerem novos caminhos.
Caro Pedro,
sim, a democracia é isso mesmo, o governo do povo, pelo povo e para o povo - nada menos. Por isso mesmo, embora seja justo que o povo se defenda das agressões do "poleiro" derrubando dele os seus ocupantes, não há democracia enquanto não for o próprio "poleiro" a ser substituído ou, para começar, abalado por outras formas de organização do poder - ou, para começar, da luta política - realmente igualitárias e democráticas. Enquanto não conseguirmos que a luta mostre a possibilidade e a urgência de outras maneiras de governar, correremos sempre o risco de reproduzir a legitimidade do poleiro, no preciso momento em que denunciamos a má utilização que deles fazem os empoleirados do momento. E é esse o grande risco que neste momento se faz sentir um pouco por toda a UE, e, sem dúvida, também para além das suas fronteiras. O desenvolvimento de formas de luta que antecipem e/ou actualizem a democracia tal como a entendes é a única via que nos permitirá não recuar.
Abraço
miguel(sp)
Caro Miguel,
Concordo contigo, claro. O título do post pretende dizer isso mesmo. No entanto, não tenho grande esperança na implementação de mecanismos de governação directa, ou mesmo apenas de controlo directo (assembleias de cidadãos), das estruturas estatais, como consequência da situação de crise em que vivemos. Nestas alturas, as pessoas anseiam por estabilidade: querem mudar, mas para algo que reconheçam, por exemplo tentando voltar para um tempo em que o Estado exercia um maior controlo sobre a economia. De qualquer modo, em tempos de instabilidade tudo é possível, os horizontes alargam-se.
Um abraço,
Pedro
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