Para quêm está enjoado
com a mediocridade da política e dos espetáculos de charlatões. Para quém não
tem fé apostólica nos políticos e no voluntarismo da política recomenda-se o último
número da revista Flauta de Luz.
A abrir este número uma frase de Lewis
Mumford sobre a megamáquina capitalista :« Nunca nenhuma outra religião
produziu tantas manifestações de poder, levou a um tão completo sistema de
controlo, uniformizou tantas instituições separadas, suprimiu tantas formas de
vida independentes ou alguma vez declarou um tão grande número de adoradores que por palavras e actos
testificam o reino, o poder e a glória dos seus deuses nucleares e eletrónicos.
Entre os textos destaco, sem hierarquias : memórias da ligação
de Guy Debord com a Revolução de Abril, um texto de Albert Cossery, uma crítica
de O Capital no século XXI, de Thomas
Piketty e outra da História do povo na
Revolução Portuguesa, de Raquel Varela, uma reflexão sobre a Anarquia e o
sagrado, textos sobre a poesia ameríndia e a negação do genocídio índio. Também
uma curta mas intensa homenagem a Vitor Silva Tavares e outra a Christian
Marchadier. E muitas outras páginas sobre temas diversos e actuais, encontros,
poesia, livros, filmes …
A revista está nas boas livrarias e pode também ser pedida para :
Flauta de Luz/ Painel da Antiqueira,
39 – Vargem/7300-430 Portalegre
4 comentários:
a genialidade do capitalismo reside precisamente no facto de não ser uma "mega-máquina"
olá Jorge Valadas
adquiri os nºs 2 e três da Flauta de Luz numa pequena loja numa aldeia da serra da Lousã (Candal). Como não tinham o nº 1 sugeriram-me que contactasse a revista através do endereço
flautadeluz1@gmail.com
Assim fiz, mas já passaram cerca de 15 dias e ainda não obtive resposta. O e-mail não funciona? Apenas o endereço de correio?
abraço
nelson anjos
Ola Nelson,
De facto nao sei se o email funciona. Sim, acho que o melhor para o contacto é o endereço de correio... enquanto os Correios existem.
abraço,
Jorge Valadas
Os ex-cuspidores de palavreado revolucionário transformaram-se em reaccionários puros, vendo no capitalismo uma opressão ou condição pior que aquela que a precedeu. Só conseguem isso à força de mitos e de desprezo pela reais possibilidades de melhoramento da vida para a maioria das pessoas. Chegam ao ponto de querer fazer crer que com os seus métodos rústicos vão alimentar milhares de milhões de pessoas. Triste espectáculo de venda de banha da cobra. Amparo existencial para vidas construídas sobre tretas. Os proletas que morram à fome se as profecias dos gurus que dispensam folhas de cálculo não passarem de ideias deitadas ao ar para nos fazerem sentir santos quando vamos dormir.
É difícil não desprezar estes feiticeiros da treta que têm uma fábrica de água benta no quintal.
Heildegger
Enviar um comentário