30/10/15

Leitura


Para quêm está enjoado com a mediocridade da política e dos espetáculos de charlatões. Para quém não tem fé apostólica nos políticos e no voluntarismo da política recomenda-se o último número da revista Flauta de Luz. 
A abrir este número uma frase de Lewis Mumford sobre a megamáquina capitalista :« Nunca nenhuma outra religião produziu tantas manifestações de poder, levou a um tão completo sistema de controlo, uniformizou tantas instituições separadas, suprimiu tantas formas de vida independentes ou alguma vez declarou um tão grande número de  adoradores que por palavras e actos testificam o reino, o poder e a glória dos seus deuses nucleares e eletrónicos. Entre os textos destaco, sem hierarquias : memórias da ligação de Guy Debord com a Revolução de Abril, um texto de Albert Cossery, uma crítica de O Capital no século XXI, de Thomas Piketty e outra da História do povo na Revolução Portuguesa, de Raquel Varela, uma reflexão sobre a Anarquia e o sagrado, textos sobre a poesia ameríndia e a negação do genocídio índio. Também uma curta mas intensa homenagem a Vitor Silva Tavares e outra a Christian Marchadier. E muitas outras páginas sobre temas diversos e actuais, encontros, poesia, livros, filmes …

A revista está nas boas livrarias e pode também ser pedida para :
Flauta de Luz/ Painel da Antiqueira, 39 – Vargem/7300-430 Portalegre


4 comentários:

Anónimo disse...

a genialidade do capitalismo reside precisamente no facto de não ser uma "mega-máquina"

Anónimo disse...


olá Jorge Valadas

adquiri os nºs 2 e três da Flauta de Luz numa pequena loja numa aldeia da serra da Lousã (Candal). Como não tinham o nº 1 sugeriram-me que contactasse a revista através do endereço

flautadeluz1@gmail.com

Assim fiz, mas já passaram cerca de 15 dias e ainda não obtive resposta. O e-mail não funciona? Apenas o endereço de correio?

abraço
nelson anjos

Jorge Valadas disse...

Ola Nelson,
De facto nao sei se o email funciona. Sim, acho que o melhor para o contacto é o endereço de correio... enquanto os Correios existem.
abraço,

Jorge Valadas

Anónimo disse...

Os ex-cuspidores de palavreado revolucionário transformaram-se em reaccionários puros, vendo no capitalismo uma opressão ou condição pior que aquela que a precedeu. Só conseguem isso à força de mitos e de desprezo pela reais possibilidades de melhoramento da vida para a maioria das pessoas. Chegam ao ponto de querer fazer crer que com os seus métodos rústicos vão alimentar milhares de milhões de pessoas. Triste espectáculo de venda de banha da cobra. Amparo existencial para vidas construídas sobre tretas. Os proletas que morram à fome se as profecias dos gurus que dispensam folhas de cálculo não passarem de ideias deitadas ao ar para nos fazerem sentir santos quando vamos dormir.

É difícil não desprezar estes feiticeiros da treta que têm uma fábrica de água benta no quintal.

Heildegger