21/10/17

A costela "Paulo Portas" de Vieira da Silva.

Vieira da Silva, o ministro do trabalho e da Segurança Social, prometeu ir fazer um esforço adicional para tornar mais eficazes os mecanismos de verificação das baixas por doença. O ministro não esclareceu quanto admite gastar com esse "esforço adicional". Será, certamente, esperamos todos, menos que 10€/mês  por pensionista. Todos recordamos como Vieira da Silva é um homem prudente e poupado. A sustentabilidade da segurança social é uma coisa que não lhe sai da cabeça.

Esta ideia de criminalizar e perseguir os pobres e os doentes, através da realização de "pequenos esforços", que os ministérios decidem fazer ano após ano, devia pagar direitos de autor. A quem? A Paulo Portas, naturalmente, "autor" no qual o ministro se inspirou.

A Segurança Social portuguesa é, em muitos casos, a mesma que Ken Loach denunciou em "I Daniel Blake".

3 comentários:

joão viegas disse...

Ola,

A criminalização do pobre e a transformação do trabalhador em bode expiatorio é das coisas mais nojentas que conheço. Como se não fosse ele a criar a riqueza ! Em contrapartida, podem procurar saber o que acontece aos milhares de chicos-espertos, normalmente meninos bem sem a minima preparação, que abrem falência a seguir a aventureirismos irresponsaveis, ou simplesmente quando o fisco e a segurança social batem à porta da empresa a lembrar-lhes que os encargos são propriedade alheia. Nesse caso, ja não ha sanções para ninguém e, pelo contrario, aceitam-se todas as cedências, em nome da protecção dos corajosos empreendedores que correm riscos. Porra !

Querem uma medida eficaz, comprovadamente, para limitar as baixas médicas ? Ha uma muito simples : ponham-se a cargo da entidade patronal os 8 primeiros dias de baixa do trabalhador. A ver se a empresa não passa logo a cumprir com as suas obrigações de prevenção...

Eu sou democrata e pacifico, como sabem, mas que isto às tantas precisava de uns safanões...

Abraço

José Guinote disse...

Meu caro João Viegas, o que me choca desde sempre neste ministro, é esta imagem, que lhe é muito querida, e que ele cultiva, de ser um ministro capaz de gerir com eficácia o serviço público. Eficácia e eficiência, duas palavras caras na retórica neo-liberal que, como sabemos, foram adoptadas pelos despojos ideológicos da velha social-democracia. O que esta gente ignora - despreza é a palavra mais justa - é a equidade nas políticas públicas, e, caso tivessem uma réstea de preocupação com a justiça não viriam com este tipo de discurso, a tentar ocupar o lugar da direita mais radical e mais desumana.

José Guinote disse...

Bom tenho que admitir que o ministro é apenas o melhor executante possível de uma determinada política.