Vista de longe, a crise catalã mostra como a guerra,
e qualquer confrontação danosa, nasce sempre de um diálogo de surdos
conscientemente alimentado por duas pessoas (ou dois poderes) em busca desesperada
de legitimidade, que não hesitam em sacrificar o interesse geral e o futuro em
nome da sua sobrevivência politica por mais uns dias. Nunca foi tão evidente que
a verdadeira face do nacionalismo é a estupidez e que a distância é curtíssima
entre idiotismo e idiotice.
29/10/17
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Falta saber se este nota bastante ambíguo de João Viegas se refere ao nacionalismo catalão e ao nacionalismo espanholista ou segue o coro dos que estão preocupados com a Espanha Una, Grande e, pouco, Libre dos tempos franquistas...
Caro libertario,
O post refere-se ao nacionalismo e tanto se aplica ao espanhol como ao catalão, ambos responsaveis de uma radicalização de posições num contexto em que ninguém percebe ao certo quais são as reivindicações de uns ou de outros que não podem ser colocadas em cima de uma mesa de negociações. Trocado por miudos : por um lado, a atitude autoritaria de Madrid é parva e contraproducente, por outro, a forma como a reinvindicação independentista tem sido apresentada (independência no espaço europeu) uma contradição insanavel e impraticavel.
A ambiguidade é não tomar partido ou abster-se de acorrer ao som da corneta e de ir entrincheirar-se debaixo de uma bandeira imbecil ? Então viva a ambiguidade !!!
Cumprimentos
Caro Libertario,
Peço desculpa mas ao querer aprovar o seu comentario em catalão sobre "a Catalunha de que gosto" (ou algo parecido), em vez de o aprovar... apaguei-o e agora não ha meio de o recuperar. Se não se importar de o escrever outra vez, para eu o publicar...
Com as minhas desculpas.
Hi ha moltes Barcelones, però la Barcelona a la qual m’agrada tornar és, en primer lloc, una ciutat a la qual no agrada el poder. Ni l’exhibició de poder, ni l’abús de poder, ni la proximitat amb el poder. Una ciutat que sap que la millor sobirania és estar lluny dels que manen: reis, emperadors, potentats, financers, amos, patrons… Com més lluny, millor. «Que se vayan todos», com deien a l’Argentina durant la crisi del 2001. La Barcelona que m’agrada és una princesa que no vol regne ni marit. Una dona lliure, com ho van voler ser les mujeres libres, les dones anarquistes dels anys trenta.
Marina Garcés, Pregón de la Mercè (25/09/2017)
Enviar um comentário