30/01/13

A imprensa estatal egípcia em boas mãos

Fathi Shihab-Eddim, assessor presidencial de Morsi, encarregado da nomeação das direcções dos jornais que são "propriedade pública" no Egipto, declarava em 2010, e aparentemente não se retratou desde então, que o Holocausto foi um mito inventado pelos Aliados e pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.

(Via Filipe Nunes Vicente)

7 comentários:

Anónimo disse...

O único diário pro-governamental do Egipto é o celebérrimo Al-Ahram, custeado pelo Estado. Há uma muito eclética e diversificada panóplia de titulos de Imprensa privados, quase todos com acesso On Line gratuito: Egypt Independent,o Al Tahrir e o Cairo Times, entre outros. Os grandes politológos e especialistas USA continuam fiéis à doutrina " Calvinball politics " e demonstram confiança no futuro democrático do Egipto, que irá entrar dentro de poucas semanas numa vertiginosa maratona eleitoral. Salut! Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Aviso à Navegação

Acabo de recusar um comentário anónimo que repete quase literalmente a tese do assessor energúmeno sobre o holocausto como "poderoso instrumento de propaganda".

msp

Anónimo disse...

O presidente Morsi efectuou ontem uma visita-relâmpago a Berlim. Na conferência de Imprensa da praxe, esclareceu o teor das declarações anti-semitas feitas por ele próprio antes de assumir o poder de Estado: nada tem contra o povo e a religião judaica! O NY Times ignorou tais auto-criticas e o Washington Post transcreve unicamente take/reportagem breve da Associated Press. Sem que grande mal venha ao Mundo, as referências objectivas a incriminar Morsi e o seu staff por declarações anti-semitas, usadas no post do FN Vicente, foram objecto de um superlativo excesso de zelo manipulado pelos sectores integristas do lobby judaico norte-americano e ampliadas pela Fox-News de tão sinistra memória. Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Caro Niet,
ou me explicas muito devagarinho, como se eu fosse muito mais estúpido do que sou, o teu raciocínio, ou continuarei a não entender o que significa "empolar excessivamente" o anti-semitismo de um muçulmano piedoso que declara que os judeus descendem dos macacos e dos porcos (http://www.algemeiner.com/2013/01/30/morsi-aide-denies-holocaust-on-holocaust-remembrance-day/).

Saúde e liberdade

msp

Anónimo disse...

Caro MSP: Como foi evidente, numa primeira abordagem do teu post ao post do FNV, iludi deliberadamente a questão da referência ao anti-semitismo rasteiro da nova oligarquia incarnada pelos ideias islâmicos soft da Irmandade Muçulmana no poder no Egipto. São questões muito complexas e plenas de duplicidade e simulação. E são precisos meios poderosos para tentar desvendar ou encontrar o fio à meada. Optei pelo mais óbvio e seguro: fui procurar no NY Times e no W. Post o que é que eles tinham dito,se o tinham feito ou não, relacionado com a notícia-panfleto divulgada pelo algemeiner.com.O que apurei: Nunca os dois grandes Jornais diários USA insuspeitos da mais leve ponta de anti-semitismo comentaram tais declarações que fundamentaram a noticia veiculada pelo algemeiner.com. Nas grandes revistas de geopolitica mundial nada consegui apurar sobre o assunto.Como já o tinha referido antes noutros posts do M. Madeira , apesar da dificuldade(s) do arranque da democracia egipciana, os grandes politológos dos Média USA não regateiam hoje os seus votos no êxito da democratização em curso. A ver vamos. Salut! Niet

Anónimo disse...

O Aparelho de Estado do Egipto mantémuma vitalidade espectacular na criação de factos politicos e multiplica iniciativas na diplomacia externa regional. A prova está na visita de Estado do presidente do Irão ao Cairo que coincide com o tom corcado do Ayatollah Kamenei face à administração USA. Mesmo com um gigantesco turmoil social e politico e movimentos dissonantes nas altas chefias das F. Armadas, Morsi e seus adjuntos tentam pilotar uma grave crise económica e preparam, segundo especialistas da Uni de Standford,uma intervenção austeritária do FMI, novo factor de agravo numa conjuntura muito complicada. No entanto, e é isto que importa sublinhar,o bom senso do " controlo " politico norte-americano e a " coexistência " evidente e insofismável na sua relação com a Irmandade, no poder, fundamenta-se quer na falta de reais alternativas quer no impedimento de projecções guerreiras que só favoreciam os "falcões " incendiários maioritários em Telaviv e em Teerão. Niet

Anónimo disse...

Gralhas paranóicas mas, acima de tudo, o sentido da mensagem - suplementar a comentários meus anteriores - não sofre muitos abalos...Salut! Niet