18/01/13

Assentamento Milton Santos: a resistência organiza-se, solidariedade precisa-se (3)

Representantes do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] compareceram com a tarefa de arrefecer os ânimos da luta, mas a visita parece ter tido efeito contrário

 O Passa Palavra continua a difundir grande quantidade de informações sobre a luta do assentamento Milton Santos, e a multiplicar os apelos à solidariedade, esforçando-se ao ao mesmo tempo por promover a reflexão sobre a importância das paradas directa e indirectamente em jogo.

 Juntamente com o link para mais uma peça informativa e crítica do colectivo (permitindo aceder também a outros textos), aqui fica um vídeo com o depoimento de um dos assentados.

Emenda: Onde se lê, no último parágrafo do texto,  "depoimento de um dos assentados" deverá antes ler-se: "interpelação por um dos assentados do director do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)".


 

1 comentários:

Xavier disse...

A história que não está nos livros: Oscar Niemeyer morreu há 44 dias. Ele projetou, ao lado de Lúcio Costa, a cidade de Brasília – quem construiu, nunca é demais lembrar (ver Brecht), a capital foram os operários que, no decorrer desse processo, se destruíram fisicamente (acidentes de trabalho e mortes) e mentalmente. Grande parte do material utilizado para a construção foi fornecido pela Cimento Perus – então, na época, propriedade da família Abdalla, a mesma que hoje quer desapropriar o terreno onde estão instaladas 68 famílias do Assentamento Milton Santos. Tempos depois, Brasília foi a sede de governo da longa Ditadura Civil-Militar – ditadura esta que torturou a então guerrilheira Dilma Rousseff. Dilma que, hoje presidente, pode assinar o decreto pela desapropriação por interesse social da área do Assentamento Milton Santos e impedir um desastre enorme para a luta pela reforma agrária no Brasil.