25/06/13

O Zé faz merda

A Horta do Monte foi destruída com máquinas e bastonadas. Às 9 horas a horta já estava completamente destruída. Houve gente agredida, outra detida. Ficou a tristeza e desolação de quem passou anos a intervir no espaço, a recuperar algo que estava abandonado e degradado e o transformou num espaço de construção, de aprendizagem, de partilha, de comunidade.

A prepotência da Câmara de Lisboa é notória e prova que o slogan da participação é um marketing com muito pouca substância. Participe! … mas quando nós queremos, da forma como nós queremos, dizendo o que nós queremos… De outra forma, é desprezado, é cilindrado, é bastonado.

A participação é também o uso e apropriação do espaço público, é a capacidade de construir projectos e de contribuir para a melhoria da cidade. O projecto da Horta do Monte era um exemplo destes. Ficam registadas a falta de respeito e de diálogo, a prepotência e violência. Estas não podem, nem ficarão, impunes.

As ideias não se despejam, cultivam-se!
Habita: Coletivo pelo Direito à Habitação e à Cidade

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1 comentários:

Anónimo disse...

Acompanhei a Horta do Monte desde há muito. Enquanto é verdade que o trabalho feito lá pelo Gaia e quejandos foi meritório, chegou a um pico de participação e envolvimento em 2008. A partir daí, por falta de entusiasmo foi sendo votado cada vez mais ao abandono. Neste momento estava em estertor e a CML, felizmente, vai devolvê-lo à população (incluindo a meia dúzia de pessoas que queiram que aquilo fosse como elas queriam).

Aqui está uma versão que me parece a mais real:

http://link2greenways.blogspot.pt/