07/09/16

Ler os Outros: A maldição do ceteris paribus

A propósito das declarações de Stiglitz sobre a saída de Portugal do Euro, o artigo de opinião de Rui Tavares, no Público, dá uma perspectiva critica que, no essencial, subscrevo.
"(...)A esta objeção costumam os adeptos da saída do euro retorquir com a irreformabilidade do euro. Mas a evolução dos factos não lhes dá razão. Antes de 2012, por exemplo, queixámo-nos todos de um Banco Central Europeu pouco ativo na compra de dívida dos estados — o mesmo não se pode dizer hoje. Dissemos que a Alemanha ganhava sempre — e entretanto já perdeu várias vezes no BCE e no Tribunal de Justiça da UE. Que a Comissão ia sancionar Portugal por causa do défice — e vimos o que não aconteceu. Estas são batalhas políticas que se podem perder, mas também ganhar.(...)"
Nada é irreformável, nada está acima da politica. Politicamente é possivel e desejável reformar as instituições europeias, incluindo o euro, o BCE e o funcionamento do Eurogrupo. Politicamente é possível defender o reforço da democracia na Europa, lutar pelo reforço da qualidade da democracia pelo reforço da participação politica dos cidadãos na construção dessa democracia.

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