18/08/10
À atenção de Ferreira Fernandes
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Bem perto do sacrossanto Ground Zero, está um clube de strip, o New York Dolls. E ninguém desatou a rasgar as vestes pelo ultraje e pela falta do tal "bom senso".
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Ora, disse a Morsa ao Carpinteiro
vamos ter muito que falar:
de botas, e lacre, e veleiros,
de reis, e couves da casa,
de saber porque ferve o mar,
ou se há porcos com asas.
vamos ter muito que falar:
de botas, e lacre, e veleiros,
de reis, e couves da casa,
de saber porque ferve o mar,
ou se há porcos com asas.
Lewis Carroll
Alice do outro lado do espelho, cap. IV
Pela libertação do Nobel da Paz Liu Xiaobo
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6 comentários:
Das duas uma, ou foram fanáticos islâmicos a cometer os atentados e é compreensível as reticências americanas, ou não foram…
O problema é que se instala a mentalidade de gueto os fanáticos terão alcançado uma parte importante dos seus objectivos.
Nova Iorque é enorme e ninguém está a sugerir que as mesquitas fiquem confinadas a determinados sítios. Porém, neste caso, e dadas as circunstâncias de ter havido ali ao lado um ataque, supostamente levado a cabo por fanáticos islâmicos, a intenção de construir ali uma mesquita sugere uma 'provocação'. Qual é o objectivo e quem são os autores da provocação? Sei que quem está a dar a cara é um tal Imam Feisal Abdul Rauf. Mas quem está interessado em alimentar e manter viva a «guerra de civilizações»? Cui bono?
Onde está a provocação? Receio que apenas in the eyes of the beholder...
E o "ali" é a vários quarteirões do ground zero.
«Onde está a provocação? Receio que apenas in the eyes of the beholder...»
Exactamente. Donde, subjectivamente (e irracionalmente), há provocação.
Há mesmo quem veja provocações em tudo (p.ex. construir um centro islâmico a dois quarteirões do WTC). E os americanos têm uma designação excelente para essa malta: "Biggots".
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