Um assalto a um multibanco em Almada deu origem a uma perseguição policial e a um tiroteio em plena Segunda Circular, em Lisboa, o qual resultou na morte de uma mulher que circulava naquela via e que nada tinha a ver com a situação, confirmou o Diário de Notícias. As autoridades terão confundido a viatura da fuga. A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito.Não estou a dizer que neste caso concreto (do qual ainda pouco se sabe) os polícias tenham feito algo que não devessem ter feito ou cometido alguma ilegalidade; mas a regra geral é que quanto maior a margem permitida para a polícia disparar sobre criminosos, maior é a probabilidade de matarem algum inocente por engano.
[O "pensar duas vezes" do título refere-se ao comentário de o dirigente de uma associação da polícia que, ao protestar contra a sentença aplicada no caso Hugo Ernano, reclamava que assim os polícias iam "pensar duas vezes" antes de disparar]
2 comentários:
Ola Miguel,
Bom, aparentemente, para alguns policias sindicalistas, pensar uma vez é ja uma falta disciplinar grave...
Mais a sério : de acordo com os factos que mencionas parece-me obvio que houve uma falta e que um ou varios policias vão ter de responder por ela, e também possivelmente por um crime. Estejamos atentos, mas não vejo como poderiamos dispensar neste caso um procedimento penal e as necessarias consequências disciplinares, que poderão ir até ao despedimento. Isto mesmo que se venha a provar que estamos perante uma simples negligência...
Abraço
O autor faz uma daquelas análises de comentador de televisão:
"Não estou a dizer que neste caso concreto (do qual ainda pouco se sabe) os polícias tenham feito algo que não devessem ter feito ou cometido alguma ilegalidade; mas a regra geral é que quanto maior a margem permitida para a polícia disparar sobre criminosos, maior é a probabilidade de matarem algum inocente por engano."
1- Se os polícias dispararam naquelas condições cometeram um crime à luz da lei vigente, estou eu a dizer já que o Miguel está em dúvida.
2- A questão prende-se com a polícia disparar sobre cidadãos, todos iguais perante as leis, pois essa categoria de "criminosos" que permite a polícia disparar não existe…
Afinal o que é isso de "criminoso" uma meta-linguagaem de polícias e jornalistas do Correio? Um assassino? Um ladrão de carteiras? Um ministro corrupto? Um condutor sem carta de conduzir?
Será que a polícia dispararia sobre os "criminosos" Sócrates, Ricardo Salgado, Duarte Lima e tantos outros respeitáveis cidadãos da nossa praça?
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