Tem existido uma certa "polémica" sobre as causas do aumento da mortalidade em Portugal no último mês.
Dizem alguns que as baixas temperaturas aliadas às piores condições de vida dos portugueses estão na origem do fenómeno.
Garantem outros que somar o frio à crise é falacioso, tanto mais que o "perfil de mortalidade das últimas semanas" é absolutamente normal, já se tendo registado em 2008/2009.
Vamos deixar de lado os mortos que só atrapalham.
Vamos também deixar de lado o frio.
O que não podemos certamente deixar de lado é a brilhante conclusão de um estudo imputado à Organização Mundial de Saúde que aferiu o seguinte: as recessões económicas em países com o grau de desenvolvimento de Portugal não têm impacto ou reduzem mesmo as taxas de mortalidade, nomeadamente por acidentes rodoviários, já que as pessoas usam menos os carros.
Vem, a propósito do referido estudo, lembrar 3 coisas:
1. "A morte de uma pessoa é uma tragédia, a de milhões é estatística", José Estaline
2. "There are three kinds of lies: lies, damned lies, and statistics", Benjamin Disraeli
2. "Get your facts first, and then you can distort them as much as you please", Mark Twain
O que nos conduz, por seu turno, à clássica anedota da rã.
Um cientista estudava o salto das rãs. Colocou o bicho em determinado ponto preciso e disse: "Salta." A rão saltou e o cientista concluiu: "Uma rã de 4 pernas salta um metro."
Cortou-lhe uma perna e disse: "Salta." A rã saltou 75 cm. O cientista anotou: "Uma rã com 3 pernas salta 75 cm."
Cortou-lhe outra perna, disse "Salta" e a rã saltou 50 cm. O cientista registou: "Uma rã com 2 pernas salta 50 cm."
Cortou a terceira perna e ordenou à rã que saltasse. A rã saltou 25 cm. O cientista escreveu: "Uma rã com 2 pernas salta 25 cm."
Finalmente, cortou-lhe a última perna. Fartou-se de repetir "Pula! Pula!" mas a rã permaneceu imóvel.
O cientista concluiu sabiamente: "Rãs sem pernas são surdas."
04/03/12
Da imbecilidade enquanto modo de aproximação ao real ou de como rir é tudo o que nos impede de cortar os pulsos
por
Ana Cristina Leonardo
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Mortalidade em Portugal,
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7 comentários:
É por essas e por outras que eu já não vou mais aos cientistas.
Ola,
Com a mesma logica implacavel, uma estação de radio cujo nome não vou aqui revelar, costumava, ha uns anos atras, referir como causa da poluição atmosférica que flagela as grandes metropoles no estio a "falta de vento", assim sem mais.
Uns telefonemas e umas mensagens bem claras acabaram felizmente com a brincadeira de mau gosto, nomeadamente as que perguntavam se a explicação da dita "informação" devia ser procurada no conceito que o jornalista fazia da inteligância dos seus ouvintes, ou antes numa inoxidavel falta de vergonha na cara.
Pôr os neuronios a funcionar, pelo menos 10 segundos por dia, diz que faz bem à saude e ajuda a combater a obesidade...
Boas
Profunda verdade.
Ninguém diga que está bem e muito menos em segurança.
Veja-se este estudo. Uns morrem por falta de ar, outros é um ar que lhes dá.
Porca miséria
:-)
A OMS ficou bem queimada com a léria da grype dos porcos, que ia matar toda a gente, e que no final matou mais entre quem tomou a vacina que pela doença.
Esta boca foleira continua a atirá-los para o lodo. É de propósito para a descredibilizar e por conseguinte todo o bom trabalho que faz?
Ana, só não percebo porque traduz a citação de Stalin e as seguintes não....
A bem da coerência era citar Stalin em russo...
rafael, é simples: infelizmente, não sei russo e não sei se neste caso seria de fiar no tradutor do google
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