12/03/12

Referendos suíços

O Blasfémias e O Insurgente andam entusiasmados com um referendo na Suíça em que foi recusada a proposta de aumentar as férias de 4 para 6 semanas. Diga-se que me parece exagerado alguém, pelos vistos, dar tanta importância a... uma coisa ficar na mesma (se tivesse sido aprovada uma proposta para baixar de 6 para 4 semanas, perceberia o entusiasmo); e, embora a Helena Matos e o A.A. Alves chamem a atenção para o referendo ter passado quase despercebido, não sei qual teria sido a reacção deles se  o assunto tivesse sido falado na comunicação social portuguesa antes do referendo (como foi no caso dos minaretes); não me admirava nada que a Helena Matos tivesse escrito algo do género "os nossos jornalistas andaram em transe com as seis semanas de férias suíças, tratando uma proposta marginal sem - como se viu - qualquer hipótese de ser aprovada como algo digno da máxima atenção".

Mas, pelos vistos, dá-se tanta importância à rejeição de propostas rejeitadas que nem se fala das que efectivamente foram aprovadas; como esta, limitando a construção de casas para segunda habitação (que não poderão ser mais do que 20% das casas em cada município).

Diga-se que tanto esta proposta como a das férias tiveram o mesmo percurso - uma iniciativa popular, com o Parlamento e o Governo a apelarem ao voto "não".

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