Eu já falei disto há um ano, mas volto a frisar (já que se volta a falar outra vez do assunto)- não é possivel expulsar um país do euro; não há nada nos tratados que permita isso. E, mesmo que houvesse, e a UE decidisse expulsar Portugal ou a Grécia, não havia nada que os impedisse de continuarem a usar o euro como moeda.
Note-se que países não-membros da UE como o Kosovo - um país que penso nem ser reconhecido por todos os membros da UE - ou o Montenegro têm o euro como moeda (e se um senhor da guerra somali ou afegão decidisse usar o euro no seu território ninguém o poderia impedir).
Da mesma maneira, os EUA não podem "expulsar" El Salvador, Equador, o Zimbabwe, etc. do dólar.
O que podemos discutir é se é do interesse da Grécia, de Portugal, etc., continuar no euro, mas pôr-nos fora contra a nossa vontade não podem.
22/05/12
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1 comentários:
o Panamá não tem banco central e usam maioritariamente o Usd.
Existe um problema: os bancos e a sua relação com o banco central.
Os bancos precisam da injeção de reservas (financiamento) pelo Banco Central para suportar os depósitos e o investimento em dívida pública.
O caso do Montenegro e do Panamá é um em que os bancos que operam com euros e usd respectivamente, sabem desde o início que não têm apoio ou relação com o BCE e FED e assim a sua actuação já conta com isso.
No caso dos bancos portugueses e pior os gregos, o BCE tem de facto suportado os bancos. Tradução: as reservas parciais dos bancos onde os depósitos estão apenas muito parcialmente cobertos por reservas, são suportadas pela promessa immplicita do BCE.
Sair da UE e do Euro implica resolver esse problema.
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