Deixemos em paz, por um
momento, os polícias que estão a conduzir a desocupação de São Lázaro.
O centro da questão é Helena Roseta, primeiro, e António Costa, depois.
Não esperava que Roseta promovesse ocupações. Ou sequer que fizesse alguma coisa de esquerda. Em relação aos eleitos, eu sou assim, espero pouco das pessoas, que é para depois não me desiludir à grande.
Mas esperava que Roseta não fosse mais zelosa do que os tribunais e que não ultrapassasse a lei pela direita.
Roseta não precisava de ter feito nada de esquerda, nada de democrático, nada de cidadão. Bastava-lhe ter cumprido a lei como qualquer outro animal.
E também ajudava ter vergonha na fronha. Que lhe dêem a escutar as críticas que fez a Rui Rio pela desocupação da Fontinha. Que lhe mostrem imagens da senhora vereadora que procurou assumir protagonismo na Assembleia Popular do Rossio.
Roseta era do PSD, passou para o PS, passou para a ala esquerda do PS, criou um movimento de cidadãos à esquerda do espaço partidário.
E de há uns tempos para cá iniciou o caminho de volta, embora agora, parece, com uma velocidade que não se viu antes, pois num par de anos: voltou para o espaço partidário que antes classificara como decadente; voltou para uma lista do PS sob o comando de António Costa; e agora, finalmente, ultrapassou sentenças judiciais pela direita.
Com argumentos que fazem dela a Christine Lagarde portuguesa. (Diz Roseta que está a desocupar uma ocupação ilegalmente porque há pessoas mais carenciadas que efectivamente necessitam de casa ao contrário dos ocupas).
Só não lhe chamo de vendida porque nunca comprei toda aquela gelatinice.
O centro da questão é Helena Roseta, primeiro, e António Costa, depois.
Não esperava que Roseta promovesse ocupações. Ou sequer que fizesse alguma coisa de esquerda. Em relação aos eleitos, eu sou assim, espero pouco das pessoas, que é para depois não me desiludir à grande.
Mas esperava que Roseta não fosse mais zelosa do que os tribunais e que não ultrapassasse a lei pela direita.
Roseta não precisava de ter feito nada de esquerda, nada de democrático, nada de cidadão. Bastava-lhe ter cumprido a lei como qualquer outro animal.
E também ajudava ter vergonha na fronha. Que lhe dêem a escutar as críticas que fez a Rui Rio pela desocupação da Fontinha. Que lhe mostrem imagens da senhora vereadora que procurou assumir protagonismo na Assembleia Popular do Rossio.
Roseta era do PSD, passou para o PS, passou para a ala esquerda do PS, criou um movimento de cidadãos à esquerda do espaço partidário.
E de há uns tempos para cá iniciou o caminho de volta, embora agora, parece, com uma velocidade que não se viu antes, pois num par de anos: voltou para o espaço partidário que antes classificara como decadente; voltou para uma lista do PS sob o comando de António Costa; e agora, finalmente, ultrapassou sentenças judiciais pela direita.
Com argumentos que fazem dela a Christine Lagarde portuguesa. (Diz Roseta que está a desocupar uma ocupação ilegalmente porque há pessoas mais carenciadas que efectivamente necessitam de casa ao contrário dos ocupas).
Só não lhe chamo de vendida porque nunca comprei toda aquela gelatinice.
2 comentários:
Já nada nos deve surpreender com
quem está na politica. O que diz
hoje amanhã nada vale. É tudo ao
contrário.Uma perfeita desilusão
para quem ainda a possa ter.
Saudações.
Irene Alves
Há pessoas assim, muito sobreavaliadas. Exímias a manterem-se á tona e com redes de reconhecimento/influência muito inflacionadas. Defendendo hoje o que repudiaram ontem, capazes de inverterem os termos da questão já a seguir. Visando sempre o poder na política, na arquitectura e no urbanismo. Constantemente ao longo de décadas.
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