13/11/13

Futebol, religião e política

Um artigo muito interessante do Alex Hilsenbeck, onde a partir do caso concreto das claques do Corinthians, aborda as contradições em torno da relação entre futebol e participação popular. Pode ser lido na íntegra aqui no Passa Palavra.



«As torcidas de futebol estão envolvidas numa imagem contraditória de, por um lado, uma unidade popular e, de outro lado, de unidade fascista de classes que as fragmenta em relação ao time que se torce. Podendo, assim, servir como meio de organização e contestação às estruturas sociais, bem como de contenção das revoltas e reprodução sistêmica. Desse modo, os torcedores, ainda que pertencentes a uma mesma classe e possuírem origem territorial periférica, sofrendo das mesmas mazelas, colocam-se em conflito pela cor (não da pele, mas da camisa), reproduzindo a fragmentação e individualização de “cada um, cada um”, própria do sistema capitalista.
O futebol ainda serve como reforço no senso comum da fábula do sucesso individual através da estetização e exploração publicitária da pobreza, da história do menino com carências sociais que graças ao futebol alcança a rápida ascensão econômica».

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