Afinal, não é que eu tinha toda a razão e que o post do Vidal era mesmo uma paródia e uma cómica defesa do insustentável? Afinal, aquelas baboseiras sobre a fiesta como celebração da «masculinidade-convexa do touro e a concavidade-feminina do toureiro» ou a «sacralização e instante de sagração da vida», tudo temperado por um exercício insano de name dropping, integravam-se num embuste, numa partida do Carlos, esse brincalhão impenitente.
Pelo menos, essa é a conclusão inevitável quando descobrimos que foi do Bruno Peixe a «única interpelação de jeito e com argumentos a esse texto». Tendo em vista que o Bruno escreveu «este é um daqueles posts irónicos em que escreves o contrário do que pensas», concluindo que se tratava apenas de uma paródia a um texto do Daniel Oliveira, a partida do truão fica exposta e clara.
Só não percebo porque ele se amofinou tanto com o meu inocente pastiche, que conseguiu adivinhar que ninguém no seu perfeito juízo exporia aquela colecção de nugacidades e cretinices pomposas. Afinal, parece que o artista até nem aprecia por aí além essas coisas da sacralização; estava só a reinar, o nosso clown de estimação.
02/08/10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário