Semelhante análise funciona bem nas nossas periodizações e revela as novidades do nosso momento actual ao conduzir uma investigação não apenas da composição do capital, mas também da composição de classe – colocando, por outras palavras, a questão de saber de que forma as pessoas produzem, o que produzem e em que condições, tanto dentro como fora dos locais de trabalho, tanto dentro como fora das relações de trabalho assalariado. E tudo isto revela, insisto, a crescente centralidade do comum.
O segundo ponto estende a crítica da economia política à crítica da propriedade. E, especificamente, o
comunismo é definido não apenas pela abolição da propriedade, mas também pela afirmação do comum – a afirmação da produção biopolítica aberta e autónoma, a permanente criação autogovernada de nova humanidade. Em termos mais sintéticos, o comum representa para o comunismo aquilo que a propriedade privada representa para o capitalismo e que a propriedade estatal representa para o socialismo. A combinação das minhas duas hipóteses – que a produção capitalista depende de forma crescente do comum e que a autonomia do comum é a essência do comunismo – indica que as condições e as armas do projecto comunista estão hoje mais presentes do que nunca. Cabe‐nos agora a tarefa de o organizar."
1 comentários:
acho que não vai dar certo , isso do comum. se for a casa privada de diferentes pessoas vai ver que elas cuidam diferentemente do que é delas : umas têm tudo arrumadinho e limpinho , outras parecerá uma espelunca , outras come ci come ça ; umas fazem limpeza semanal , outras mensal , outras nem fazem , cada uma terá o seu tempo. e sentem-se bem assim , de diferentes maneiras e com diferentes ritmos. capisce?
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