It’s being widely claimed that the cut in child benefit for higher-rate taxpayers will lead to “real hardship” for the “middle-middle class.”Isto faz lembrar a discussão entre o Luis Aguiar-Conraria, a Fernanda Câncio e participantes conexos sobre quem é classe média. No entanto Dillow faz outra observação:
My immediate reaction to this is: get a grip. A two-adult, two-child household with an income of £50,000 a year is better off than 63% of the population. You can call this middle if you like, but I doubt if a fund manager who out-performs 63% of his peers would advertise his performance as middling.
Why, then, do we think of such people - and those earning significantly more - as “middle class”?
But I suspect that something else is going on as well. The reason we don’t describe people on relatively high incomes as upper-class is that they lack something a true upper-class has - power.Uma possível resposta é que não há nenhum movimento significativo para dar poder aos trabalhadores no local de trabalho (o que a maior parte da esquerda actual defende é que o despotismo supostamente malevolente dos patrões seja compensado pelo despotismo supostamente benevolente do Estado), assim como é que a classe média se poderia identificar com esse movimento (inexistente) mesmo que quisesse?
Many - most - people on around £50,000 a year lack control over their fate. They are vulnerable to the sack; they can’t choose how long they work (it’s a cliché that “middle class” women are frowned upon if they take time off to look after the kids); and presenteeism traps them into long commutes.
In these respects quite high earners have more in common with minimum wage workers than they do with (some? many?) bosses.
What we think of as the “middle class” is instead - to borrow Erik Olin Wright’s phrase - a contradictory class location. Such people score highly for incomes, but lowly for power.
This, though, raises questions. Why is there so little political demand among the “middle class” for greater empowerment at work? Why are such people so reluctant to identify themselves with others who also lack power?
Por outro lado, movimentos que pretendem efectivamente dar poder aos trabalhadores, como os anarquistas e os comunistas de conselhos (poderiamos também incluir os trotskistas, quando estes defendiam o controle operário em vez de funcionarem como uma espécie de social-democratas subsitutos) realmente costumvam ser relativamente populares entre a classe média (ou pelos menos entre as suas crias).
7 comentários:
Quem é Chris Dillow? A que propósito juntar anarquistas,conselhistas e trotskistas na complexa questão da organização dos Conselhos Operários? Cada tendência invocada tem a sua história individual de luta,de vitórias e derrotas! E hoje só em França, no sindicato Sud- especialmente no sector dos PTT e da SNCF- se manifesta uma tendência anarco-sindicalista, e onde os trotskistas do NPA revelam também a sua força, que é reduzida no contexto. Aliàs, historicamente, os Conselhos Operários são uma reacçãomuito forte contra o leninismo abastardado da herança trotsquista.É como juntar água com fogo...Niet
"Quem é Chris Dillow?"
Um economista inglês, que pertenceu à "tendência Militante" (trotskista-grantista) na sua juventude é que agora se auto-define como um "left-libertarian".
M.Madeira: O Chris Dillow, que foi economista/trader na City de Londres, pertende à ala direita do Partido Trabalhista inglês. Como já nos tinha advertido- a mim expressamente, helàs!- a pulsão social-democrata foi mais forte neste seu escrito.Tudo bem! Quando se dão 3 mil caracteres a um condottieri ndustrial da Marinha Grande cheio de lugares-comuns intransitivos, viva o Dillow, claro está! Niet
Não sei se pode enquadrar-se em "dar poder aos trabalhadores", mas a ideia liberal de acabar com regulamentações, com o poder das Ordens, com impostos ou com polícias tipo ASAE, parece-me que iria dar muito poder a muitos trabalhadores/pobres/desempregados. Se para fazer queijos e vender na praça ou se para ser taxista não houvesse restrições, isso iria ou não "empoderar" os pobres, e incentivar ao empreendedorismo de muitos actuais trabalhadores por conta de outrem.
FA,
em tempos li um artigo de um "libertarian" norte-americano expondo essa tese
Niet,
Quanto ao meu desvio social-democrata - até acho este texto muito pouco SD; a essência da social-democracia é redistribuir o rendimento mas mantendo o essencial do sistema de propriedade dos meios de produção e da direcção patronal sobre o trabalho - ora, se o meu post pretende chamar a atenção para alguma coisa é exactamente para o limites dessa politica, já que a distribuição do "poder" é tão ou mais importante como a do "rendimento".
Pelos vistos o Niet acha o meu post social-democrata porque citei uma espécie de social-democrata/social-liberal; mas, por exemplo, se alguém citar o liberal Adam Smith a respeito da divisão do trabalho estupidificar a mente dos trabalhadores, isso faz desse alguém um liberal?
M.Madeira: Obrigado por estabelecer o diálogo.A minha Luta de Classes não passa pelos temas que abordou no seu post.Ando a reler- a par-e-passo- a totalidade dos Escritos Políticos do Castoriadis.(É verdade: Ninguém comentou a morte de Claude Lefort, a 4 deste mês em Paris). De um texto admirável, escrito em 1957, remeto-lhe esta sequência fortíssima de C.C.-que tinha iniciado todo o processo de desconstrução crítica de Marx/Lénine e Trotski: " A luta do proletariado pelo socialismo não é simplesmente uma luta contra os inimigos externos - os capitalistas e os burocratas; é também e ainda mais uma luta do proletariado contra si-próprio, uma luta da consciência, da solidariedde, da paixão criadora, da iniciativa contra o obscurantismo, a mistificação, a apatia, o abatimento, o individualismo que a vida na sociedade capitalista suscita de novo no coração dos operários. A burocracia não caiu do céu, não foi pura e simplesmente " imposta " ao proletariado pelo funcionamento abstracto da economia capitalista. Surgiu igualmente da actividade própria do proletariado,dos problemas com que deparou na via da sua organização, pelo facto de que numa certa etape da sua organização não conseguiu resolver os seus problemas senão " delegando " as funções de direcção a uma camada específica de dirigentes. E é, por isso, que a única crítica válida da burocracia é a que resulta da tendência dos operários a organizarem-se e a dirigirem-se por si próprios .(...)É,portamto, sob esse ângulo que igualmente devem ser analisadas as lutas operárias sob o regime de exploração ".E, Castoriadis sublinha: " `Escusado será dizer que o socialismo é impossível sem a acção autónoma do proletariado; não é senão essa própria acção autónoma. Autónoma: dirigndo-se a si-própria: consciente de si-própria, dos seus fins e dos seus meios ".Há conexões e ante-projecções com a temática que lançou sobre a pirâmide dos salários e dos impostos assimétricos num segundo grau, convenhamos. Salut! Niet
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