22/10/10

Socialismo e internet, o famoso Decreto 209

Quantos internautas, incluindo os sado-masoquistas que apreciam ditaduras (desde que elas estejam bem longe e sejam outros a aturá-las), gostariam de ser controlados assim?

(publicado também aqui)

5 comentários:

Anónimo disse...

Desculpe lá, eu sou militante do BE, tenho uma série de criticas a apontar ao PC.
Mas você é uma coisa impressionante. Em cada cinco post´s que faz 4 são a malahar no pcp.
E o sócrates diz-lhe alguma coisa? E o manuel alegre que anda caladinho que nem um rato, e que agora arranjou a extraordinaria teoria de que o problema do país se deve ao cavaco?

LF disse...

Já ouviu falar do Wikileaks, João Tunes?

LF disse...

Vou tentar reproduzir um comentário que já aqui inseri, e por qualquer motivo (certamente a CIA) não aparece.

Em primeiro lugar, não vejo como o primeiro comentário pode ver qualquer relação entre a publicação de um decreto cubano e uma crítica ao PCP. Já estou como o João Tunes, basta transcrever umas linhas do Avante para se ser contra-revolucionário e essas coisas todas.

De resto, se o João Tunes se quer aventurar sobre segurança, defesa do Estado, e internet (além de o aconselhar a procurar informação sobre o caso wikileaks, se ainda não conhece), deixo-lhe um link que lhe pode agradar http://pt.indymedia.org/conteudo/destacada/1771

Adicionalmente, e porque sei que o João Tunes é um tipo bem informado, ajude-me a encontrar um link com informação sobre este caso:
Um tipo despede-se da CIA e garante que nos anos 90 a organização estava a recolher dados da internet (violando a privacidade, presume-se) de modo a construir uma base de dados onde incluisse informacao relativa à opiniao política de cada cidadão.

Se o João Tunes conhece o link deixe-mo nesta caixa de comentários ou dedique-lhe um post (em nome da parcialidade que também tanto preza) e até lhe deixo uma dica: disserte sobre a diferença entre i) um cidadão ver decretada a vigilância por parte do Estado e ii) viver feliz para sempre enquanto é alegremente vigiado. (juro que o trocadilho do "ALEGREmente" não foi propositado)

rafael disse...

o decreto fala do acesso à intranet cubana (q é generalizado pq tem custos menosprezaveis) e a ligaçao externa (q é realizada por satelite, cujos limites de upload/ download para toda a ilha sao inferiores aos da empresa onde trabalho e tem limitaçoes serias de trafego) e logo parece-me perfeitamente razoavel que haja uma distribuiçao pelos sectores estrategicos: universidades, agencias de comunicaçao e governamentais, organizaçoes representativas dos varios sectores da sociedade como a UNEAC ou a UPC, investigadores.

A critica que aqui falta é a falta de cooperaçao dos EUA em nao extenderem o seu cabo de fibra optica uns 15 km e ligar a ilha ao mundo. Porque assim, os "ditadores cubanos" têm desculpas para regular o fluxo da informaçao, creio ser a tese da Yoani Sanchez.

Se o acesso à ligaçao externa fosse massificado, e nao sendo especialista, a rede cubana colapsaria: levando a sectores estrategicos da economia (e isso torna-o um problema da segurança nacional) ou instituiçoes chaves do serviço publico (e estou a pensar em hospitais, centros de investigaçao, ministerios, administraçao publica, por exemplo) que pura e simplesmente veriam o seu trabalho afectado de forma gravissima.

Por isso, nao creio que sequer seja possivel estabelecer um paralelo com um 1º mundo completamente conectado. As naçoes, segundo a sua historia e os seus condicionamentos e especificidades, foram tendo estados de evoluçao distintos segundo a conjuntura de entao. O problema é q Cuba teve sempre o seu acesso às redes do 1º mundo limitadas por um embargo estupido e agora consegue, e num processo com muitas contradiçoes, garantir uma ligaçao externa que deve ser no minimo decente, através da Venezuela mas com custos muitissimo mais elevados. A ligaçao de Cuba ao mundo seria tao mais rapida e tao proveitosa se nao houvessem estes verdadeiros bloqueios à massifcaçao da informaçao.

João Freitas disse...

Um problema tecnico portanto.E a culpa é sempre dos americanos que não passaram o maldito cabo de fibra-optica.