O Nobel atribuído a Vargas Llosa não podia ficar sem resposta nesta casa. O nosso jovem e intrépido Zé Neves, cuja graça e sabedoria, apesar de precoces, são já insígnias proverbiais da autonomia democrática da região portuguesa, encarregou-se do assunto e, depois de ter já arrecadado o Prémio Victor de Sá 2008, conquistou o Prémio Sedas Nunes 2010, feito que o Paulo Granjo, agente leal da concorrência blogosférica acaba de noticiar em primeira mão e de saudar, antecipando-se ao próprio Vias de Facto, clube que se honra de contar com o Zé Neves entre os seus fundadores.
O livro Comunismo e Nacionalismo em Portugal. Política, Cultura e História no Século XX (Lisboa, Tinta da CHINA, 2008) é um ensaio exemplar na área da história e da sociologia das ideias. Sem poder entrar aqui na análise do seu objecto, bastará dizer que, pondo à partida de lado quaisquer propósitos de neutralidade axiológica ou apoliticidade académica, o seu autor procede explicitando os valores ou convicções que são inseparáveis da investigação e método de abordagem da matéria estudada, ao mesmo tempo que os põe assim à prova e, provando-os, os renova. Se, cientificamente, estamos perante um contributo maior na área da historiografia de língua portuguesa, estamos também perante uma contribuição política de excepcional pertinência e alcance crítico fundamental no que se refere à racionalidade democrática e ao pensamento da autonomia - a partir da "ideia comunista"e da sua história.
07/10/10
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7 comentários:
Alguém lhes arranje um quarto...
Muitos parabéns, Zé!
Parabéns, Zé Neves.Gosto muito de ler os teus pontos de vista sócio/políticos para aprender, aprender, sempre.
Um grande abraço ao Zé! E olha que ele já ganhou outros prémios, se bem que nenhum tão bom como o livro.
Salvé!
Parabéns!
Os meus parabéns, por mais um prémio, ao caríssimo Zé Neves!
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