Se há momentos em que as eleições num regime representativo contem — apesar de todas os entraves que a representação põe à democratização efectiva do exercício do poder político —, amanhã, na Grécia, vamos ter um deles.
Por isso, por mais vezos e vícios social-democratas e/ou também de tradição "m-l" que possam que afectem o Syriza, faço minhas as palavras deste mail que acabo de receber do João Valente Aguiar:
"Se a Syriza vencer (como espero e desejo) creio que haverá uma renegociação e um ajustamento da austeridade. Claro que isso estaria mto mto mto longe do desejável, mas (…) já seria uma conquista para os trabalhadores gregos. Por outro lado, (…) estimularia uma rejeição às tendências centrífugas da UE, bem como ajudaria a simultaneamente reforçar os laços entre os trabalhadores europeus ("nativos" e migrantes) e [a] lutar contra a política austeritária".
Sublinho que sustentar que a desconfiança perante o Syriza, sejam quais forem as razões invocadas, deverá primar sobre as considerações do João equivale a sustentar que é mais importante derrotar o Syriza do que fazer recuar a austeridade, ou a privilegiar a defesa do KKE em detrimento da sorte dos trabalhadores e cidadãos comuns gregos.
16/06/12
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1 comentários:
Nunca desejei nada (pelo menos, a sério enquanto adulto consciente) como a vitória do Syriza amanhã...
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