14/10/10

Campanha pela libertação de Cesare Battisti





O Passa Palavra, através do João Bernardo, dá-nos conhecimento do e pede-nos apoio para o relançamento da campanha iniciada já de longa data através do jornal e por múltiplos outros meios pela libertação de Cesare Battisti, cujo caso é amplamente analisado nos textos a que clicando aqui ao lado os nossos leitores poderão ter acesso.
O reforço da campanha é uma urgência e um dever de solidariedade. E ainda — caso seja necessário sublinhá-lo — um exercício de defesa dos direitos e liberdades dos activos cidadãos do mundo que queremos ser.


Adenda. Redigidos por João Bernardo, aqui ficam ainda os seguintes dados complementares sobre o caso de Cesare Battisti:

Inicialmente Cesare Battisti foi condenado e preso por motivos que não envolviam quaisquer acusações de homicídio. Conseguiu fugir da cadeia e refugiar-se fora de Itália. Foi então que um «arrependido», ou seja, um ex-militante que se passara para o lado da polícia, acusou Battisti de ter participado em algumas acções armadas das quais resultaram mortos. Perante essas acusações, Battisti foi julgado novamente e condenado, mas à revelia, sem estar presente nem se poder defender. Ora, segundo a lei italiana, um julgamento à revelia é definitivo. Se Battisti fosse extraditado para Itália seria condenado à prisão perpétua sem ter passado por julgamento presencial.
Naquela época havia na Itália uma verdadeira guerra civil, com acções armadas de um e outro lado. A direita e a extrema-direita venceram, e esses que agora estão no poder em Itália acusam de «assassinos» precisamente os camaradas de militantes da extrema-esquerda que eles assassinaram. Tal como durante a actual campanha eleitoral no Brasil a candidata Dilma é diariamente acusada de «bandida» pelos apoiantes do candidato Serra, nostálgicos da ditadura militar contra a qual Dilma — aliás noutra encarnação... — lutou na clandestinidade.
E por todo o lado os garbosos militares desfilam com penduricalhos e chamam-lhes «heróis», não «assassinos».

2 comentários:

Paulo Cristovão disse...

Mas o senhor não foi condenado em Itália por homicídio? Pode ser um preso político no Brasil mas, perante a lei, não deixa de ser um assassino.

James disse...

Paulo Cristovão (que belo nome...) assassina é a sua tia desnaturada.
P'ra não me repetir, e olhe que o que eu sei não foi aprendido em livrinhos comprados numa Wortem sempre perto de si...

O Cesare (tal como a «terrorista» Dilma Roussef...) nunca pegaram numa arma. Mas é assim, autores morais é uma avenida larga p'ra juizinhos tontos , tipinhos de Direito que se axam o máximo, o 25º phoder, e têm menos estudos que euzinho, engraçado...
Não se encontram os "autores materiais" ?
Não há azar, os autores morais ('caganda categoria 'jurídica' à brava) estão ali visíveis e à mão de semear, 'bora condená-los a prisão perpétua e destilar um "acórdão" em burocratês incompreensível que nos salve a a alma, as carreiras e as reformas...
Toda a gente contentinha e eles também...

Atéum dia em que alguns dos meus "amiguinhos" rescuscitem e essa gente vá gozar as suas reformas douradas numa cadeira de rodas...

:-(