Imbuindo-nos da alegria fraternalmente festiva do desfile militar (com 20.000 soldados) que amanhã vai render homenagem ao general de quatro estrelas Kim Jong-un e ditoso membro do Comité Central do Partido do Trabalho da Coreia, filho de Kim Jong-il e neto de Kim Il-sung, com uma idade situada entre os 27 e os 28 anos, augurando-lhe o apoio a um lugar sucessório no trono da mais grotesca e mais monárquica entre as ditaduras comunistas, aprendamos o hino para amanhã o cantarmos afinados.
(publicado também aqui)
09/10/10
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6 comentários:
A Coreia do Norte não é um país comunista.
Não falei em "país comunista", mas sim em "mais grotesca e mais monárquica entre as ditaduras comunistas".
Caro José Manuel Faria,
perfeitamente de acordo - se entendermos por comunismo a perspectiva a rasgar através da consumação da democracia, do fim da exploração, da abolição das classes e da divisão hierárquica do poder entre governantes e governados.
No entanto, no uso corrente e em resultado de verdadeiras catástrofes históricas cujos custos continuam a pesar no entaipamento de horizontes da situação actual, fala-se de "países comunistas" para designar aqueles que são governados por um partido-Estado absolutista, detentor dos meios de produção, que explora o conjunto das suas populações em benefício de uma oligarquia burocrática sobreprivilegiada, e que, ao mesmo tempo, se declara "comunista" ou "marxista-leninista", reivindicando-se da qualidade de vanguarda do proletariado e da defesa dos interesses populares.
Denunciar esta mistificação é, manifestamente, uma condição preliminar de qualquer política que vise aquilo a que alguns, como Daniel Bensaid, chamaram o "horizonte do comunismo" fazendo-o coincidir com o "horizonte da democracia" (outra palavra deturpada até à caricatura em grande parte dos discursos que ouvimos todos os dias).
A verdade é que - embora pessoalmente prefira escrever "comunista" com aspas, quando me refiro ao tipo de Partido-Estado em apreço, e "democracia" também com aspas ou precedida de "pseudo" ou de "dita", quando me refiro, por exemplo, ao regime dos EUA - creio que o post do meu camarada João Tunes visa o "comunismo" que eu ponho entre aspas em nome da exigência democrática radical que, na linguagem de um Bensaid, é inseparável do "horizonte do comunismo". E, assim, concordo tanto com o que o João escreveu como estou à vontade para subscrever a altiva e concisa declaração de princípio que o José Manuel Faria proclama no seu comentário.
Cordiais saudações democráticas
msp
Muito bem, Miguel (SP). E saúdo a achega.
Mas renovo o meu sublinhado de que não falei em "país comunista" (muito menos sem as aspas do José Manuel Faria) mas sim em "ditadura comunista" (também sem aspas). E a diferença entre os significados dos dois termos é enorme. Na opção "país" tratar-se-ia de um regime que se confunde com a sociedade, falando-se de "ditadura" pretende referir-se a artificialidade da ligação entre a cúpula dirigente e a sociedade no seu conjunto. Um regime repressivo e policial, sobrevivente através do terror e do medo, nunca pode ser "um País" mas será uma "ditadura".
1-a china é um país comunista
2-a china é o sonho molhado reprimido pelos neoliberais(reparem que as criticas a china nunca abrangem a politica enconomica ou de trabalho)
3-os neo liberais são comunistas
descubram qual é que esta errado
Sim, caro João Tunes. Tens razão na ressalva, mas acontece que o meu comentário, embora publicado a seguir à tua resposta, foi escrito e postado por mim antes de a ter lido. Daí o desajustamento - sem gravidade, de resto.
Abraço grande
miguel (sp)
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