08/06/12

Merkel não quer que a Espanha seja a Grécia

A viragem recente do governo de Merkel, que agora reclama maior integração orçamental e política na zona euro, é-lhe em parte imposta pela alteração das condições políticas na UE — que se verificam graças à luta pró-europeia mas anti-austeritária encetada na Grécia, e também na sequência da derrota do sarkozysmo em França e do alastrar cada vez mais agravado da crise em Espanha, na Itália, etc. — e corresponde, por outro lado, a uma manobra hábil, visando assegurar os mesmos interesses fundamentais, através de uma integração política que, operando-se à margem de uma carta constitucional europeia que garanta a todos os cidadãos da UE as mesmas liberdades e direitos, visa manter — e, para manter, absolutizar — o poder do capital financeiro na região através de um directório mais ou menos burocraticamente cooptado.  Outra maneira de dizer a mesma coisa: Merkel mostra-se disposta a condescender até certo ponto com as reclamções de Rajoy e da banca espanhola, porque não quer ceder às reivindicações de democratização da Europa que se intensificam na  Grécia, nem abandonar a consagração por via da austeridade do governo financeiro da UE.

3 comentários:

menvp disse...

RATOEIRAS...
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Marionetas ao serviço da superclasse:
-> PESSOAL QUE "VENDE TUDO E MAIS ALGUMA COISA":
- pessoal que andou a promover endividamento... agora anda por aí a argumentar que - por forma a evitar que a Europa caia num caos financeiro/económico - é absolutamente necessário um salto quântico federal («implosão das soberanias»): uma unificação financeira e fiscal da Europa.
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ANEXO:
--> A superclasse (alta finança internacional - capital global, e suas corporações) não só pretende conduzir os países à IMPLOSÃO da sua Identidade (dividir/dissolver identidades para reinar)... como também... pretende conduzir os países à IMPLOSÃO económica/financeira.
--> Só não vê quem não quer: está na forja um caos organizado por alguns - a superclasse: uma nova ordem a seguir ao caos... a superclasse ambiciona um neo-feudalismo.

Anónimo disse...

Eu acho que fascistas como o comentador acima que fala em superclasses deviam ser interditos de se exprimirem em blogs com alguma decência.

Miguel Serras Pereira disse...

Deixe lá, Anónimo, de vez em quando, é bom a gente ouvir este tipo de nacionalistas dizer o que pensam, que mais nãõ seja porque aquilo que assim se descobre pode funcionar como antídoto.
Mas lá que o homem é fascista, é. Tem toda a razão. É só ir ao blogue que ele publica que todas as dúvidas se dissipam.

Saudações democráticas

msp