30/01/12

Cuba quer seguir a via chinesa da "sociedade harmoniosa"

A "abertura económica" de Cuba está institucionalmente aprovada e em marcha. É o exemplo chinês. Mas, também na esfera política, Castro II parece disposto a aplicar a receita dita de sucesso da "sociedade harmoniosa". Senão leia-se:

Por otra parte, el presidente cubano también aludió directamente a las "ilusiones" surgidas en medio del proceso de reformas económicas de que la cúpula comunista cubana pondría fin al monopartidismo. La idea de un partido único como "fuerza dirigente superior" de la sociedad es un "concepto al que jamás renunciaremos", dijo el mandatario.

Castro apuntó directamente a las distintas especulaciones, surgidas tanto dentro como fuera de la isla en los últimos meses, de que el gobierno cubano pondría en marcha una reforma política tras la apertura económica. "Nuestros adversarios, y hasta algunos que simpatizan con nosotros", señaló, "se ilusionaron con que la Conferencia consagraría el inicio del desmontaje del sistema político y social conquistado por la Revolución a lo largo de más de medio siglo"
.

(Via Der Terrorist)

11 comentários:

Anónimo disse...

Achar que a abertura de Cuba ao multipartidarismo a poria no rumo certo ao "verdadeiro socialismo" é não entender que o ponto de partida para o socialismo nunca pode vir de uma "potência" como Cuba ou Portugal.

Não criou o multipartidarismo português "boys" de todas as cores e feitios, inclusive nas câmaras municipais que estão nas mãos do PCP?

Não quero com isto dizer que esse problema não deve ser debatido.

Mas não será erróneo achar-se que o falhanço Cubano se deve ao facto de não haver mais partidos? Não estarão os problemas económicos baseados na migalha que Cuba representa na máquina económica mundial?

(Isto sem recorrer aos já gastos, ainda que válidos, argumentos do embargo e de Cuba ser muito dependente do açúcar, mercado mundial onde foi derrotada pela política do FMI que subsidiou, noutros quintais americanos, açúcar mais barato...)

Anónimo disse...

Informe-se antes de falar do que não sabe:

http://www.odiario.info/?p=2350

Miguel Serras Pereira disse...

Caro Anónimos das 23 h 35 (quanto ao outro Anónimo, bem pode continuar a falar sozinho…)

eu não penso que a emancipação venha dos partidos, e, mais ainda, creio que o exercício do poder político através dos partidos acaba por ser sempre um obstáculo para a democratização efectiva das instituições de governo e do conjunto da vida colectiva. Mas esse obstáculo agrava-se, em detrimento dos trabalhadores e cidadãos comuns, quando um super-partido se torna a instituição governante central e absoluta. Para um resumo desta perspectiva - crítica dos partidos e reivindicação da democracia -, podem ver o que escrevi noutro post, ainda antes das últimas eleições (http://viasfacto.blogspot.com/2011/05/reflexoes-pre-eleitorais-nenhum-partido.html).

Saudações democráticas

msp

A.Silva disse...

"Castro II", MSP no grau zero da argumentação politica, ao nivel de um qualquer Mário Crespo.

Miguel Serras Pereira disse...

A. Silva,
sempre tão truculento como avesso à verdade…
Olhe que quem defendeu acesamente o Mário Crespo não fui eu, mas uma voz que se reclama da sua área política. Em, pelo menos, dois memoráveis posts ainda recentes. Cf. http://5dias.net/2010/02/02/por-que-razao-defendo-acesamente-mario-crespo/ - e http://5dias.net/2010/02/02/permita-se-me-um-pouco-de-pedagogia-daniel-oliveira-serei-breve/

Passe bem

msp

A.Silva disse...

MSP não vai só ao grau zero da argumentação política, como consegue ir ao grau infantil e assim responde desviando a conversa para algo que tem atravessado na garganta, algo parecido com um CV. Meu caro resolva esse problema você e não mace os outros com as suas mágoas.

Quanto à aversão à verdade, essa parece-me ser um das suas grandes “qualidades”, daí o termo “Castro II” que deve ter ouvido a algum seu conhecido da máfia de Miami.

Miguel Serras Pereira disse...

A. Silva,
deduzo que V. seja daqueles que, na esteira de fundamentalistas vários, se bate pela criminalização da blasfémia e pela obrigatoriedade do respeitinho pelos santos da casa de cada um. Mas eu, veja lá, tenho a posição oposta. Sem cair no extremo de tornar a impiedade obrigatória. Seja como for, V. defenderia melhor as suas vermelhíssimas convicções monárquicas e devotas se conseguisse falar num tom mais razoável ou, pelo menos, com mais civilidade.
Quanto ao fundo da questão, o que R. Castro diz é bastante claro, e V. já deixou aqui indícios bastantes de estar de acordo com ele e com o modelo, irmão da via chinesa, que ele defende. Os seus insultos provam-no bem.

msp

A.Silva disse...

Não MSP, eu sou mais pela honestidade dos comentários politicos, coisa que para gente reacionária como você é um pouco dificil de entender.

Miguel Serras Pereira disse...

A. Silva,
deixe-se disso, homem. Parece que está a querer convencer-se a si próprio de qualquer coisa que até para si é difícil de engolir.

rafael fortes disse...

até lhe fica mal, citar o el mundo para criticar Cuba. Pelo menos, use a intervenção completa do Raúl Castro para esgrimir argumentos, agora um pasquim de extrema direita, como disse, até lhe fica mal...

cumprimentos
rafael

Miguel Serras Pereira disse...

Caro Rafel,
a minha ideia não é posar para a fotografia. E, depois, que se há-fazer? Você acha que lhe fica bem o papel que assume em defesa da receita "liberalização do mercado de trabaho + consolidação da repressão política" que RC estipula como via. Sempre pensei que a um socialista só ficava bem a democratização e regulação do mercado dos bens de consumo, a abolição do mercado de trabalho e a igualdade democrática no exercício do poder político.

Saudações cordiais

msp