17/03/17

Fantasias asiáticas

A 17 de março de 1959, o 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, fugia do Tibete, na sequência do esmagamento da revolta iniciada a dia 10 contra a ocupação chinesa.

A história da ocupação chinesa do Tibete, e da resistência tibetana aos chineses, já é por demais conhecida, assim como os argumentos de parte da parte (com um dos lados a falar de "invasão chinesa" e o outro a falar de "emancipação dos servos").

Mas o que o conflito de 1959 entre a China maoísta e o Tibete dos lamas me faz pensar é na tendência de alguns intelectuais e/ou artistas ocidentais para por vezes idealizar repressivas autocracias asiáticas, convencendo-se que são/eram quase o paraíso na Terra, ou uma terceira via alternativa (quiçá mais "humana") ao capitalismo e ao comunismo tradicionais.


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