15/10/11
"Indignados"
Confesso que não gosta nada desta expressão (que, como designação auto-atribuída, penso só ter sido usada em Espanha, mas que, como designação hetero-atribuido, está a se usada para identificar todos os movimentos cívicos de protesto na Europa e nos EUA nesta altura). Porquê - porque tende a deslocar a luta dos planos politico e social para plano moral.
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10 comentários:
con fesso que indigna nação tamém é chavão
mas por aqui na margem sul os indignados continuam a ir às latAs de lixo e uns poucos previlegiados indignados com acesso a fusca ou a serradinha andam na apropriação dos bens desviados do povo
(versão à Robin dos ricos que paguem a nossa crise
em versão mais personalizada à zé do telhado com botijão de gás os ricos são maqquinetas automatizadas que tiraram o trabalho aos caixas
na manif vi muita carteira e fio de ouro e ninguém a gamar
os in dignos nados todos muy dignos
nem uma pilhagem às bolsas das trintonas precárias
nem um assédio sexual por trás na altura dos avanços e apertões
já nã se fazem manif's como as do 1º de Maio
Camarada as mulheres tamém têm direitos
Ó pá ê apertei e a gaja nã se queixou...
viva o amor livre e o sexo com doenças sexuais agregadAS via manif
perdeu-se tanto desde o 25 de Abril
um ex-diplomata a manifestar-se e ninguém lhe afinfou nas trombas
são só ares de revolução
óia se dessesm uma estaladeca na fundação só ares
era o crime
deram-lhe uma semi-estaleca na Marinha quera grande
ao pai da nação
ao Tónio do Novo Abril
Tónio Soprano num o Comparo com o outro Tonio Salazarento
que se estão a rir de nós...
daqui se vê ao que o estado-social chegou
Até queriam que os políticos estivessem lá dentro a um sábado
Grande camarada Miguel M.,
estou contigo: democratização, sei o que é - a indignação ou não chega a ser política, ou politicamente sereve a heteronomia e os que a manipulam
Abraço
msp
Indignação,insatisfação,rebeldia, revolta são tudo palavras, só linguístas, dicionaristas e teólogos se preocupam com esse rigor das palavras. A questão central é o significado e a sua expressão prática...
Eu também não gosto nada da expressão "indignados". Razão pela qual, no local da manif improvisei um cartaz onde escrevi mais ou menos isto:
É NECESSÁRIO AVANÇAR
CASO CONTRÁRIO NÃO PASSAREMOS DE "INDIGNADOS INSTITUCIONAIS"
Aproveito para acrescentar:
AVANÇAR PARA ONDE?
- Para um programa mínimo de acção e de princípios que tenha como objectivo estratégico a tomada do poder pelos cidadãos organizados e a sua responsabilização pelo seu exercício;
- Para formas de organização dos cidadãos, que à partida integrem já o embrião de uma nova ordem.
Em mais dois ou três cartazes julgo também ter percebido preocupações idênticas. Por exemplo:
" DA INDIGNAÇÃO À ACÇÃO"
ou ainda
" ISTO É APENAS O COMEÇO"
Afinal, o MFA começou apenas por reivindicações salariais e outras de natureza corporativa.
nelson anjos
Para lá do valor assertivo da retórica da sigla- o facto de se jogar com uma ideia intemporal pode desmobilizar, como diria C. Perelman- e Aristótales bem analisou a força das retóricas frias e quentes...- o que mais importa é o grau de combatividade do movimento. Nos países do Ocidente, as Puertas del Sol de Madrid fazem história pelo desencadear da revolta...dos Indignados. O rastilho demorou menos de meio ano a espalhar-se por vários continentes. Justamente, a " Comuna " de Barcelona- e seus arredores- dão agora de novo cartas pela iniciativa das massas com ocupação de ruas, de hospitais e ataque e boicote popular activo aos processos de despejo bancários e a correlativa expulsão de inquilinos sem meios para pagar.Barcelona ilumina e cativa pela iniciativa libertadora dos espoliados e deserdados da Europa. Muita atenção,pois. Niet
Grande camarada Miguel M.,
(ó Grande Timoneiro educador da classe operária)
estou contigo: democratização, sei o que é - a indignação ou não chega a ser política,
ou politicamente sereve (sereve mesmu?)a heteronomia e os que a manipulam
heteronomia come-se?
habia hoi uma moldaba heterónómica qua sa cumia na caminheta...infelizmente ia um du bloque de esquerda a cumê-la
tá desempregado desde o doutoramente coitadinhe....os pais sunt funcionáiros bão-lhe pagar umas férias com a gaija que quer ir visitar a famelga lá na terra
tabam os dois na in digna nação
ela era caixa de supermarquê
mas tá há 8 meses nu subsídio de desemprego
cunheceram-se no IEFP e já compraram casa
oviamente trabalhari por 17 eurros limpos por hora (uma hora por dia com 10 de custes de transporte só mesmo pra um palerma nã in dignadu
ao meio-dia fui logo meter os 17 eurros mais os impostos a pagar nu banque
pa ayudá a inconomia nacionale
dá 25 eurros limpos purr hora
alguém tem de meter os consumíveis
pá burguesia con sumire
querrem dubrar a mola?
temos 25 vagas...infelizmente só há 7 tipos e dois têm mais de 60...
é capaz de demorar duas ô três horras
como só pagam horra y mêa
bai ser dificile
37,5 eurros limpos mai imposto por dia
nin chega ós 55
felizmente sô funcionárrio púbico a contratu nas horras bagas
fazem-se rastas de palavres.....
para lá do valor assertivo da retórica da sigla- o facto de se jogar com uma ideia intemporal pode desmobilizar, como diria C. Perelman- e Aristótales bem analisou a força das retóricas frias e quentes...- o que mais importa é o grau de combatividade do movimento. Nos países do Ocidente, as Puertas del Sol de Madrid fazem história pelo
se si tiengo aqui um bizinho que vem da campanha da sardinha no magreb sempre com uns 3 fardes
saquiserem é só passarem pla casa dele Bairro dos Pescadores é perguntarem pelo tóino dos janades
quisto bai uma crise temos de ser uns pós ôtros
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