06/07/11

O que dizem as agências de rating?

Basicamente, que Portugal tem que reestruturar a dívida - é mais ou menos isso que significa "lixo" ("não acreditamos que este país consiga pagar a dívida nos termos contratados").

4 comentários:

Carlos Pires disse...

Não! O que dizem é que ainda não se esqueceram de José Sócrates e querem provas de que Passos Coelho é diferente. E este precisa de algum tempo para as apresentar. Vamos lá ver se deixam.

Francisco disse...

Exactamente. Curioso como a maior parte das pessoas de esquerda que defendem a reestruturação da dívida, reagem à classificação de Portugal como "lixo" com indignação e revolta, quando no fundo até lhes estão a dar razão.

Ainda existe muita gente que simultameamente defende a reestruturação da dívida e o "direito" aos credores nos continuarem a emprestar dinheiro como se nada fosse.

Mas no fundo, a Moody's só emite uma opinião, largamente influenciada pelo que se passa na Grécia. Mais tarde se verá se o preconceito "aquilo em Portugal é como na Grécia" tem razão de ser.

Anónimo disse...

nada disso. O que dizem é que está na hora de saquear os activos de Portugal a preço de saldo.

Anónimo disse...

Por que será que a solução para a graissima crise fiscal e fnanceira grega preocupa tanto os grandes " gurus " da economia norte-americana ? A 1 de Julho, no Finantial Times, Jeffrey Sachs, o economista novayorkino que " libertou " a URSS, e hoje, J. Stiglitz, contribuiram para colocar alguns pontos essenciais sobre as alternativas à hipótese de incumprimento fiscal e financeiro da Grécia( e por detràs, aparece Portugal, claro como água). Sachs diz que tudo depende das opções conjuntas e dialécticas do Banco Central Europeu/ FMI para tentar " emprestar " à Grécia mais dinheiro a taxas de juro não superiores a 3 por cento- e por 20 anos. Sachs também fala das oportunidades da economia grega e da sua boa situação geo-estratégica, de modo a que agrarre um crescimento de 3 por cento ao ano para poder pagar a dívida. Stiglitz diz que a ideologia ultra-liberal tomou conta do poder económico, nos EUA e na Europa, e, portanto, a desregulação e as teses monetaristas ortodoxas vão dar cabo de vários países da periferia do Primeiro Mundo... Dan Rodrik, há umas semanas atràs, dizia o mesmo. Portanto, a solução fundamental dos problemas gregos( e lusos e...) depende da visão política ( ou da falta dela...) da Comissão Europeia. Como os adeptos de Keynes são ultra-minoritários no BCE e em Nova York, está-se mesmo a ver o Verão escaldante que se anuncia... Niet