Uma destacada militante "rubra" deu "uma olhada no Courrier Internacional de Maio": "uma jornalista disfarçou-se em França e tapou a cabeça, como uma islâmica", publicando depois uma reportagem que denuncia a discriminação que atinge as muçulmanas. Até aqui nada a objectar — e vale a pena, de facto, ler o texto referido. (É verdade que valeria também a pena averiguar que testemunho daria — caso sobrevivesse à aventura — uma ex-muçulmana que assumisse a sua condição de apóstata e o papel de jornalista francesa para testar a capacidade de tolerância dos muçulmanos piedosos nos meios da "resistência islâmica". Mas isso é outra história, a que talvez tenhamos de voltar com mais tempo. Fechemos pois o parênteses e reconsideremos o argumento da ideóloga que nos serviu de ponto de partida.)
O problema surge quando Raquel Varela passa a sustentar que a leitura desse texto explica porque se sentiu ela aliviada pelo facto de os massacres noruegueses terem sido levados a cabo por um fascista nórdico e não pelos "perseguidos do costume". Como já tive esta manhã ocasião de comentar q.b. este mergulho de RV no irracionalismo antidemocrático militante, permitam-me que remeta, sem tirar nem pôr, para o que escrevi então. Ainda que seja de assinalar que a emenda é pior do que o soneto e que, em matéria de consciência alterada, RV pede meças a Rogeiro.
24/07/11
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3 comentários:
diz crimin a são
há duas horinhas um pessoal que gosta de motos e tem uma licenciaturas d'algures e vinte e tantos anos
entretinha-se a atirar latas de cerveja vazias a uns tailandeses e viets que iam cheios de compras para os barracos onde dormem
não são da terra e estão a tirar o trabalho aos xenhores doutores
e duas doutoras uma com boa pontaria
acertou no cocuruto de um thai
ao fim duns tempos desistiram
por falta de latas vazias suponho
nunca tinha visto thai's tanto a norte
vietnamitas dos boat people chegam até à Noruega...
mas os thai's senhor
porque lhes dais tanta dor
porque os deixas biber assim
e nem são sik's nem muslins
nem têm turbante nem véu
é como os brasucas qu'andaram a apanhar dos ciganos durante umas semanas
os estranhos que não são como nós são todos iguais
Antes de nos aventurarmos em fascismos e extremismos convém perceber o que é que está por trás dos atentados:
Canal História - O Exército Secreto da Nato
http://vimeo.com/22815663
A Operação Gladio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gladio.
A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à Nato: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.
No entanto, o seu verdadeiro objectivo era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental.
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