1. Há muito tempo que não via tanta televisão
2. O PS de José Sócrates levou uma abada muito maior do que estava previsto (não chega aos 30%)
3. Vieira da Silva, do PS, parece estar prestes a desfazer-se em lágrimas
4. O António Vitorino não comenta a eventual demissão do Grande Líder e face à insistência de Judite de Sousa sobre o que Sócrates devia fazer dada a previsível derrota, responde que só não está no lugar do outro porque não quis
5. Judite de Sousa mudou de penteado. Envelhece-a mas fica-lhe muito melhor
6. A maioria dos comentadores não diz nada que um português com a antiga quarta classe não conseguisse dizer
7. A esquerda perdeu. Obrigada José Sócrates!
8. Uma jornalista mostra uma sede de campanha e diz que um dos líderes (não me lembro qual) vai vir para o púlpito mais tarde na noite (sic)
9. O Vitalino Canas faz boquinhas e diz que só fala depois do Grande Líder
10. Uma porta estilhaçou-se no Altis. É de filme
11. Sócrates faz um discurso interminável. Deu o seu o melhor. Ama Portugal e os portugueses. Ele ama-me, porra! Sinto um arrepio. E acaba a dizer que vai para casa tomar conta dos filhos
Julgo ver os olhos marejados de lágrimas de Silva Pereira mas não consigo comover-me (e eu fico sempre triste pelos que perdem – mesmo quando não os gramo: mariquices)
12. Os jornalistas fazem perguntas. Ouço apupos da cozinha. Não gosto de ver bater em quem acaba de se estatelar mesmo quando a queda é merecida: mariquices
13. Os discursos de todos os líderes partidários deviam ter acabado três parágrafos antes. Falta-lhes, certamente, sentido dramático. Até Portas, que costuma ser o mais demagogicamente articulado
14. Fico assustada com as referências agradecidas às juventudes partidárias. Afinal, eu conheço-as. Costumam passar aqui ao pé da minha casa. Andam de batina preta e cantam (eles e elas): É o caralho/ é o caralho… e etc.
15. Passos Coelho discursa. O casaco assenta-lhe terrivelmente mal nos ombros. O corte é péssimo e antiquado. O novo primeiro-ministro devia perguntar a Sócrates (ou mesmo a Portas) quem lhe faz os fatos
16. O inglês de Passos lembra-me qualquer coisa
17. Cantam o hino nacional (o que me recorda sempre as aulas de canto coral desafinadas da minha juventude) e alguém anuncia na TV um programa qualquer com a Fátima Campos Ferreira. Uma mulher não é de ferro. Volto para casa e vou dormir. Leio um bocadinho de O Caso dos Macacos Lendários de Erle Stanley Gardner (já tenho uma ideia sobre quem poderá ser o assassino...)
18. Enquanto isto, a Europa descobre que o problema não está nos pepinos mas talvez resida na soja. Nada disto é sério, embora seja trágico
06/06/11
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5 comentários:
Ah, grande camarada Ana, vejo que também deste por aquilo do "púlpito" (para o Paulo Portas, para quem havia de ser, já que o César das Neves não se submeteu ao sufrágio)! É a prova de que a frequentação da literatura e das suas "mariquices", bem vistas as coisas, exercita a inteligência e a capacidade de percepção políticas.
Que de posts se poderiam (deveriam) escrever sobre o assunto… Não queres começar tu?
Abraço
miguel (sp)
Falta uma nota, afinal 40% dos eleitores não deram ouvidos ao Prof. Cavaco, nem aos dirigentes partidários!
E agora como disse o nosso Presidente: «Se abdicarem de votar, não têm depois autoridade para criticar as políticas públicas. Só quem vota poderá legitimamente exigir o melhor do próximo governo.»
Temos pois um problema, os tais 40%(o maior partido português), onde eu estou incluído sem nunca me ter filiado, não vão poder criticar o próximo governo.
Está na hora de incluir mais um dado no cartão de cidadão, a informação sobre os portugueses que podem criticar ou governo e os que não podem...
miguel, poderíamos talvez começar pelo Bouvard et Pécuchet, passando pelo Guerra e Paz ou pela A Casa e o Mundo. Sei lá eu.
Anónimo, não tive o prazer de ouvir o montanheiro de boliqueime na noite eleitoral mas percebo o seu ponto
Tal e qual, exactamente, cara ACL!
caro justiniano, muito obrigada.
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