Na verdade, suspeito que a UDP é a sensibilidade do BE mais prejudicada pelo hábito de decisões a nível de cúpula no partido.
Numa organização politica que verdadeiramente se auto-dirigisse democraticamente e em que os plenários de militantes mandasse mais que a Comissão Política, muito provavelmente a UDP (que fornece grande parte dos coladores de cartazes e distribuidores de panfletos, mas poucas das figuras televisivas) teria muito mais importância.
23/06/11
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7 comentários:
Não confundas visibilidade com poder.
Suponho que a UDP seja a tendência mais organizada dentro do Bloco. Suponho até que seja aquelas que faz mais "trabalho político". Suponho até que em muitos sítios seja quem suporta o Bloco. Não lhe tiro mérito!
Suponho, também, que muitos eleitores do Bloco não eram eleitores da UDP.
Quanto ao mais...
quem vota e tem militância mais activa dentro do bloco provavelmente por razões históricas a UDP
eleitores da UDP é coisa que só houve provavelmente há 30 anos
hoje terão 50 ou 60
as ideologias partidárias dizem pouco à grande massa dos eleitores
E as ideologias "partidárias" não dirão muito aqueles que não pertencendo "à grande massa", querem mudar o mundo?...Querem um mundo melhor!
Tens decerto razão, camarada Miguel M. Mas os factos que indicas não chegam para infirmar a tese da "udêpêdização", se entendermos esta última num sentido mais amplo, de lógica organizativa e concepções estratégicas (papel do partido, lugar da "frente ampla", "tomada do poder", estatuto dos militantes e dos líderes, etc.). Ora, foi nesta sentido que eu interpretei o comentário do Miguel Teotónio Pereira. Talvez - embora menos sugestiva - a fórmula "leninização" ou "bolchevização" fosse menos equívoca e dissipasse o mal-entendido. Não?
Abraço libertário
miguel(sp)
Miguel Madeira,
Não fiz nenhum census-2011, mas tanto quanto me diz a minha sensibilidade de gajo que anda por aí, tocaste num dos pontos chave. Não se pode reclamar contra a maioria.
A não ser que esses que agora reclamam passem a ter um papel ativo dentro do partido e não meros representantes de maiorias sem rosto. Isto leva-nos a outro problema que existe e que será de difícil solução: a diferença cada vez mais notória entre os ativos, militantes e aderentes, e a massa votante.
Aliás, a ligação do BE a estruturas "civis", (nomeadamente sindicatos,com.de trabalhadores etc) por pouca que seja, vem desses elementos.
Convém ler primeiro antes de falar barato:
http://www.acomuna.net/index.php/contra-corrente/3269-be-o-ser-e-o-seu-tempo
http://www.acomuna.net/index.php/contra-corrente/3259-a-tentativa-de-decapitar-o-bloco
http://www.acomuna.net/index.php/contra-corrente/3243-os-recuos-e-as-derrotas-o-futuro-e-as-perspectivas
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