11/01/11

Ah, a estabilidade, pois, a estabilidade…

Segundo o Público, um episódio de final de almoço da campanha de Manuel Alegre, em Portimão.

Seguiram-se, então, os argumentos que sustentam as acusações que Alegre tem vindo a fazer a Cavaco: “Não é o garante da estabilidade financeira porque tem uma atitude de submissão aos mercados financeiros; não é garante da estabilidade social porque ainda nem se pronunciou sobre o projecto de revisão constitucional, que é um projecto de destruição do Estado Social.” E saltou para a questão política, apontando que “quem não garante a estabilidade social não pode garantir a estabilidade política”.
“Ontem um senhor encorajou Cavaco Silva a bater-se contra Sócrates e ele respondeu: ‘é por isso que aqui estou’. Ora, isto é uma coisa extraordinária!”, contou [Manuel Alegre] aos apoiantes, sublinhando que “alguém que faz esta afirmação não dá garantias de estabilidade política”.

3 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

´Teriam todos (incluindo o jornalista) bebido demasiado vinho de Lagoa, que é néctar que em nada concorre para a estabilidade...

Niet disse...

MS Pereira: Tenho gostado das posições que tomaste em relação às Presidenciais. Creio que era isso que se (eu) esperava ,claro. Ouvi agora uma análise do Villaverde Cabral, na TVi24, que me parece muito interessante: a campanha de Cavaco arrancou mal- ele esperava fazer uma não-campanha- que o caso BNP veio baralhar...- e os outros candidatos são fracos ou muito fracos, voilà. Agora que a cena política portuguesa está " insustentável " no geral,e na economia em particular, só agrava a má qualidade das perspectivas propostas pelos candidatos do " sistema ". Niet

Miguel Serras Pereira disse...

Niet,
o Manuel Villaverde Cabral é uma figura absolutamente singular, entranhadamente a-nacional, muito longe de ser objecto da atenção que merece e que te agradeço teres aqui nomeado. Agradeço-te que aqui o lembres e espero que tenhamos outras ocasiões de falar dele - que mais não seja para o animarmos a prosseguir, a par dos seus outros notáveis trabalhos, o tipo de reflexão fundamental que tem passado a escrito demasiado parcimoniosamente, mas que se afirma em textos como Proletariado. O Nome e a Coisa ou em comunicações como a que apresentou nos finais dos anos 90 do século passado, nos idos Encontros de Abrantes, demonstrando a possibilidade e a irredutibilidade da política, enquanto fazer que excede, assumindo-o, o peso das suas determinações.

Saúde e liberdade

msp