08/01/11

“Mon ami”, diz um adesivo

Apelar ao voto em Manuel Alegre e, ao mesmo tempo, exaltar François Mitterand, lembrando-o como exemplo inspirador, só lembra ao adesivo mais tinhoso. É que não joga nada lembrar a voz da Rádio Voz da Liberdade - com a sonoridade de Alegre - apoiando as lutas de libertação nacional enquanto se beija a memória do sinistro Miterrand ministro da repressão colonial contra a Argélia anti-colonial, exaltar o Alegre antifascista mas emparceirando-o com o tenebroso Miterrand que foi um diligente funcionário de Vichy. Pois, é “mon ami” quem quer, dirá o candidato a quem não se pode culpar pelos adesivos.

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2 comentários:

Ricardo S. Coelho disse...

Faltava ainda dizer que Miterrand foi um corrupto e que foi quem deu a ordem para afundar o Rainbow Warrior, matando um activista da Greenpeace.
Se ele fosse minimamente semelhante com o Alegre eu não votaria no Alegre.

Miguel Serras Pereira disse...

Sim, caro amigo e imparável camarada João Tunes, nada a objectar - pelo contrário - às tuas objecções ao branqueamento de Mitterrand. Mas que dizer, nesse caso, do adesivo - ou paralisante ligadura - José Sócrates & Cia?

Vigoroso abraço

miguel (sp)