«É por causa deste inferno que os empresários escolhem, e bem, os contratos a prazo. Porque se meterem uma pessoa no quadro sabem que nunca a poderão despedir, no caso de essa pessoa se revelar a pessoa errada para o cargo», reza o sempre brilhante Raposo. Ignorando que existe um "período experimental" nos contratos de trabalho. Fazendo de conta que não se pode manter um colaborador a recibos verdes por três anos, o que talvez já dê para aquilatar a sua adequação ao cargo. Fingindo que o verdadeiro objectivo destas lamúrias não é apenas fazer dos trabalhadores mais um tipo de matéria-prima, a consumir em quantidades adaptadas a cada situação do mercado. Francamente, não percebo qual o motivo destes subterfúgios. A não ser, claro, que o bom do Raposo ignore mesmo tudo isto.
Olhem que é possível: temos aqui um encéfalo que acredita que basta que o Estado saia de uma determinada área da Economia «para permitir uma maior concorrência e, por arrastamento, preços mais justos para os consumidores portugueses.» O pensamento mágico continua a dominar as mentes primitivas.
16/07/10
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1 comentários:
O pensamento mágico continua a dominar as mentes primitivas.
muito bem dito
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