22/07/10

Se calhar, o III Reich nem a Anne Frank assassinou

Nem lendo se acredita neste arremedo de ideia de Pacheco Pereira: «o único assassinato político que merece ser classificado como tal no Estado Novo foi o de Humberto Delgado, embora haja ainda muitas obscuridades quanto ao que se passou. Houve gente morta pela PIDE, nos campos de concentração, nas cadeias, sob tortura, em confrontos de rua, mas não existem provas de que se tratava de assassinatos deliberados.»
Em resumo: para haver um assassinato deliberado, este deveria ter origem numa ordem explícita, tipo, "pega aí no Silva e vão limpar o sebo àquele agitador", se calhar com preenchimento de impressos em triplicado e tudo. Talvez seja por falta da papelada em ordem que escorrem as tais "obscuridades" na preclara mente pachequiana.
Envia-se uns tipos para o Tarrafal e eles não se dão com o clima, ou com a dieta, ou com a microbiada local e morrem. Acham mesmo que alguém tem culpa disso? "Assassinato" é uma palavra tão forte, se calhar é melhor ficarmos por algo como "acidente infeliz" e pronto. Afinal, somos todos pessoas de bem.

3 comentários:

joão viegas disse...

To quoque Luci Regina ?

Fui ver, esta la mesmo a alarvidade. Mas depois pensei, pois é claro que havia de estar. Como não ? E quem é que me mandou ir ler um texto do Pacheco ?

Eu sei que o unico culpado disto tudo sou eu. Quem me manda ouvi-lo, ou lê-lo ?

Mas ainda assim, protesto.

Não ha direito !

Quaquer dia você esta a citar o Pulente Valido, ou alias o Prado Coelho, que para todos os efeitos é o mesmo !!!

Como diz o outro, um pouco mais de seriedade sff.

joão viegas disse...

Acho que saiu "To quoque" em vez de "Tu quoque"...

joão viegas disse...

To quoque Ludovici Regina ! (e não Luci).

Este João Viegas é mesmo anormal !

Pior que o Pacheco Pereira...