03/09/10

Uma questão a propósito do veredicto de hoje

Se afinal o ex-embaixador Jorge Ritto parece mesmo ser o ogre recidivo que muitas histórias já retratavam há anos e anos, importa saber mais. Quem o protegeu quando foi acusado de contactos impróprios com menores em países onde estava colocado? Quem o foi escudando, de transferência em transferência? Não esqueçam que se a criatura tem sido atempadamente trancafiada na pildra ou no manicómio, algumas das vítimas da Casa Pia teriam sido poupadas à violação e ao subsequente calvário.
Sim, gostava de ver uma investigação a sério; nem que fosse jornalística, já que não imagino a nossa Justiça com tomates para tanto.

3 comentários:

Mário Salavisa disse...

Terá sido a Igreja Católica? Talvez a professora Palmira o ajude a descobrir. Cumps.

Justiniano disse...

Rainha, no meio de tudo isto tenho muito mais asco dos sucessivos pantomineiros que dirigiram a Casa Pia e que simularam o desconfortável desconhecimento!!
Dos condescendentes com os bibis grunhentos!! Assim como, de educadores, preceptores e outros responsáveis que cómoda ou incomodamente se mantiveram alheados, sem uma denúncia de mal estar ou mero asco!! E repara que os que se "incomodaram", não foram lá muito bem levados em conta!
Mas os "ogres", ora sintetizados nas figuras e figurinhas dos condenados, lá lavarão a alma de toda a gente!!

Ana Cristina Leonardo disse...

Luís, esquece. A coisa segue para a próxima instância. Até lá, são todos inocentes ou só "alegadamente" culpados (alguém se devia dar ao trabalho de contabilizar as vezes que esta palavra é proferida nos últimos tempos em portugal). Se os advogados forem espertos (e têm obrigação de o ser, já que são advogados) talvez o caso prescreva (o marinho pinto até já o disse, preto no branco). Nessa altura, cairá o advérbio de modo e voltam os alegados qualquer coisa, tranquilamente, às suas vidinhas. Talvez o Ritto seja reintegrado (na alemanha, não, por motivos óbvios), o Cruz volte à televisão e os outros aos seus afazeres habituais. Como no caso dos hemofílicos contaminados. Lembras-te?