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Quando o deputado Candal, no seu adeus ao parlamento, disse hoje:
«Não tenho dúvidas em afirmar, neste momento, que o ponto mais sólido que nós temos à nossa disposição é a resistência do primeiro-ministro que está em funções», obviamente que quis causar impacto através do sublinhar de uma evidência, no sentido de demonstrar porque é que o PS ainda é governo. Mas se falou verdade, Candal expôs, transformando a sua despedida num adeus envenenado, a essência grotesca do absurdo acantonado no poder, a de um governo que está entregue às malvas, esperando pela infusão que facilite limpezas íntimas, simplesmente preso do desespero teimoso e idólatra de um alçado social e politicamente que pagou com esquizofrenia optimista a ascensão de um apagado e vil talento. E, por linhas tortas, Candal revelou como se deita abaixo este governo: abanem Sócrates o suficiente, o resto cai logo que arranquem a raiz solitária, porque PS propriamente dito, além do seu arrivista-em-chefe, deixou de existir por mor de esmagamento pelo umbigo deste.
(publicado também
aqui)
1 comentários:
Caro amigo João Tunes,
Fiz link.
Obrigado.
Abraço.
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