Nos ecos e protestos sobre a cimeira da NATO, tem-se subestimado o impacto social das medidas programadas de reestruturação da Aliança, cujos efeitos incontornáveis passam pela redução de pontos de comando, serviço e de apoio, bem como a redução significativa de postos de trabalho (muitos milhares de militares e civis vão perder os seus empregos), com distribuição do mal pelos vários países membros, incluindo, claro, em Portugal. Estas medidas foram sobretudo pressionadas pelo governo conservador britânico (que procedeu, no seu país, a uma fortíssima redução de efectivos militares e civis que trabalhavam na defesa) mas rapidamente forma aceites por todos os membros, até porque mal parecia o contrário e tendo em vista os apertos orçamentais a que todos os países sujeitam as suas contas nacionais. É uma lástima que esta componente social da problemática NATO, este contributo abominável para o aumento do desemprego, não conste com a ênfase merecida dos discursos e interpelações dos adversários da cimeira, em que estão arroladas centenas de sindicatos (leia-se a lista das organizações que fazem parte da plataforma Paz sim / Nato não).
(publicado também aqui)
19/11/10
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