21/11/10

Paulo Moura: se a realidade não confirma, resta-nos o sonho.

«Na terceira manifestação, há pacifistas, anticapitalistas, anarquistas, libertários, idealistas sem ideário. Entre eles, estão elementos cujo objectivo era de facto provocar a violência». «O plano era espalharem-se na multidão e começarem a provocar os polícias, na esperança de que estes ripostassem indiscriminadamente contra a manifestação». «Um cenário de a polícia a carregar sobre os velhos militantes do PCP era provavelmente o sonho mais selvagem dos elementos anarquistas. O Corpo de Intervenção da PSP decidiu não correr riscos. Cercou num cordão feito de corpos maciços, escudos, capacetes e cassetetes o grupo da terceira manifestação e desceu assim com eles a avenida».

E Paulo Moura, depois de escrever tudo isto, não apresenta uma única prova do que diz. Uma única. Pelo contrário, do tal confronto por ele sonhado entre anarquistas e velhinhos comunistas, só temos indícios em sentido inverso. É o próprio Paulo Moura que no fim da sua reportagem afirma: «No fim, os agentes dispersaram de repente e foram proteger a montra da sede de candidatura de Cavaco Silva. Anarquistas e alguns comunsitas chocados com a acção da polícia gritaram em conjunto "O povo unido jamais será vencido"».

A minha pergunta é: se Paulo Moura aldraba a todo o vapor num cenário em que outros testemunhos podem facilmente desmentir o que ele diz, imaginemos o que não fará quando é enviado em reportagens ao estrangeiro. Por exemplo, no Haiti, depois do terramoto. Será que saiu mesmo do hotel e que as pessoas de que nos fala existem mesmo? Sei que Paulo Moura tem fama de ser um repórter "criativo". Nunca dei muito crédito a tal ironia e sempre preferi ver o lado positivo da coisa. Até hoje.

40 comentários:

Dallas disse...

Não falemos da reportagem no dia da greve geral.

Desmentida pelo próprio entrevistado...diz Stoleroff, depois de uma reportagem com Paulo Moura...

"Alguem descobriu este blog e informou-me deste comentário sobre mim. Pois. Você, o (ou a) radical da luta de classes afinal confia tanto na imprensa "burguesa" que acredita que o jornalista citou-me correctamente ou representou correctamente as minhas análises da manifestação! Pois! O facto é que fui solicitado pelo Público para deixar um jornalista acompanhar-me durante a manifestação para ouvir os meus comentários. Mas evidentemente não tive qualquer controlo sobre a sua reportagem. Todavia acho que o seu comentário é justo. Também não apreciei muito o sociólogo retratado pelo jornalista. E então? Você quer saber o que disse e pensei realmente sobre a manifestação? Provavelmente não gostaria. E o quê que você pensou da manifestação e das possibilidades de o povo efectivamente inverter a situação? Gostaria de ouvir a sua sapiência. Pronto..." http://spectrum.weblog.com.pt/arquivo/2010/06/resposta_a_alla.html

Paulo Moura disse...

José Neves, nunca o imaginei capaz disto. Difamar um jornalista e espalhar um boato sobre a sua credibilidade, só porque ele publicou uma informação que não convém às suas convicções políticas.
Você pode questionar o meu critério jornalístico ao decidir incluir aquela informação no texto, mas não pode questionar a minha honestidade.
No dia 20, na Avenida da Liberdade, falei com elementos de grupos anarquistas (que se designam como tal, cujas actividades conheço há anos e de quem não tenho nenhuma razão para desconfiar) que me disseram ser sua intenção espalhar-se na manifestação e provocar os agentes da polícia, para obter a reacção deles: a carga policial sobre a multidão. Assim ficaria evidente, perante as câmaras de televisão, a verdadeira natureza repressiva e violenta do sistema.
Estes elementos pediram-me que não os identificasse. Não o fiz no texto, nem o faria se a polícia mo pedisse. Mas sei quem são e sei o que já fizeram noutras manifestações, noutros países. Por isso estou certo (acima de qualquer dúvida razoável) de que o que escrevi é verdade - “Entre eles estão elementos cujo objectivo era de facto provocar a violência”.
Não escrevi que eram todos, nem que eram afectos ao PCP ou ao Bloco de Esquerda ou qualquer outra organização, nem sequer que provocaram ou teriam provocado violência. Escrevi apenas que alguns elementos tinham a intenção de provocar a violência.
“…se Paulo Moura aldraba a todo o vapor num cenário em que outros testemunhos podem facilmente desmentir o que ele diz…” é uma afirmação caluniosa, gratuita e irresponsável. Prove o contrário ou desminta-a.
O jornalismo não é o meu hobby político. É a minha profissão. O que você fez equivale a eu lançar a suspeita de que cometeu uma fraude na sua tese de doutoramento.
Gostaria que não usasse o meu nome nas vossas patéticas guerras entre grupos. Mas o que não admito mesmo é que me difame. Da próxima vez que você ou alguém disser publicamente que eu sou mentiroso prepare-se para o provar em tribunal.

Paulo Moura

Ricardo Noronha disse...

Paulo Moura,

Mentes com todos os dentes. Leva o que quiseres para o tribunal.
Tudo na tua notícia é uma invenção, própria da mediocridade jornalística que te caracteriza. És, juntamente com a tua colega Valentina Marcelino, um exemplo acabado de jornalismo de inspiração policial.
Estes «elementos de grupos anarquistas» de que falas são precisamente o tipo de pessoa que não têm qualquer dificuldade em considerar-te apenas e tão só uma variante da polícia. Como tal, ninguém estaria disponível para te fazer declarações, muito menos as coisas absurdas que tu pretendes ter ouvido da sua parte.
A ideia de que estes grupos pretendem utilizar outros manifestantes como escudo humano ou alvos fáceis da violência policial, é precisamente o tipo de caricatura que contribui para a sua repressão preventiva. Nesse sentido, és cúmplice de todas as futuras cargas policiais que venham a ocorrer com o pretexto de que «estes grupos são perigosos e é necessário proteger as pessoas deles».
Nada tens para provar a credibilidade da tua «reportagem», pelo que é ridículo o desafio que avanças. Qualquer palhaço se pode dar ao luxo de inventar o que lhe apetece sobre pessoas que não se sabe quem são.
Não passas de um contador de histórias com carteira de jornalista. Uma vergonha para a profissão. Um mercenário de bloco de notas em punho. Um caluniador profissional. Um assalariado do regime.

PP disse...

"No dia 20, na Avenida da Liberdade, falei com elementos de grupos anarquistas (que se designam como tal, cujas actividades conheço há anos e de quem não tenho nenhuma razão para desconfiar) (...) Estes elementos pediram-me que não os identificasse. Não o fiz no texto, nem o faria se a polícia mo pedisse. Mas sei quem são e sei o que já fizeram noutras manifestações, noutros países."

Paulo, isto é tão inventado que dá vergonha alheia. Imagine que há meio século um padre lhe dizia que os comunistas comiam criancinhas e que depois lia no jornal um texto de um "jornalista" em que este contava ter visitado uma sede do PC onde estes já tinham os petizes quase prontos no forno. O seu texto é esse texto.

Ricardo disse...

«Um cenário de a polícia a carregar sobre os velhos militantes do PCP era provavelmente o sonho mais selvagem dos elementos anarquistas.»
Bem, Paulo Moura e quanto a isto, o que dizes?

Paulo Moura disse...

Obrigado Noronha. És tão eloquente a ridicularizar e neutralizar as tuas próprias opiniões, que não preciso de dizer mais nada. Considero-me defendido.
Paulo Moura

Ricardo Noronha disse...

Pois. Bem me parecia que não ias gostar de continuar esta discussão por muito tempo. Nota porém que te desmentes a ti próprio. Tinhas acabado de prometer um processo em tribunal a quem voltasse a chamar-te mentiroso publicamente. És um mentiroso.
Por falar nisso, falei com uma miúda (cujas actividades conheço há anos, de quem não tenho nenhuma razão para desconfiar e cujo nome nunca revelarei) que me disse que tu, para além de mau jornalista, és mau na cama. Por isso estou certo (acima de qualquer dúvida razoável) de que o que escrevi é verdade. Prova o contrário ou desmente-a.

Anarquista com sonhos selvagens disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Catarina Portas disse...

Por todos os motivos, seria impossível eu ter dito tal coisa da pessoa em questão. Mas o nível de argumentação dos frequentadores deste blog ter chegado a este ponto mostra bem o despautério da discussão. Faz lembrar os meninos na escola a medirem o tamanho das pilinhas - que é mais ou menos a ideia que tenho de uma certa esquerda, obcecada nas guerrinhas entre si, intolerante sempre que alguém não obedece à sua cartilha, sem capacidade para ver, pensar e agir mais além. É pena.
A qualidade da argumentação avançada, incluindo calúnias gratuitas e insultos tresloucados, é tão repugnante que se torna, de facto, hilariante.
Já que me chamaram à discussão, aprovando a publicação de comentários com este grau de relevância, aqui venho e mandava-vos pentear macacos se quisesse descer ao vosso nível. Mas como não quero, sugiro que suspendam o chorrilho bilioso por umas horas e as ocupem na leitura do livro "Passaporte para o Céu",do Paulo Moura, se quiserem começar a entender o que é muito bom jornalismo.

Desculpa lá, Paulo, meter-me nisto que não precisas de ninguém que te defenda. Mas é irresistível responder a tanta tolice.

Agora vou à minha Vida, que tenho coisas mais importantes, interessantes e consequentes para fazer.

Catarina Portas

Ricardo Noronha disse...

Bebe um capilé e descansa Catarina. Sobre jornalismo sério estamos conversados. As calúnias estão todas do lado do Paulo Moura e da sua reportagem inventada. De resto, o cão ladra e a caravana passa.

Carlota disse...

Cara Catarina.

Partilho da sua angustia perante as guerrinhas internas desta esquerda. Quica a propria Catarina esteja disponivel para ocupar o espaco de lideranca, sofisticacao e clareza necessaria a esta esquerda. Desculpe nao utilizar acentos mas vivo numa cidade sofisticada e cosmopolita fora de Portugal, sinto-me por isso algo identificada com a Catarina.

tomo nota do vigor sexual do Paulo, que muito gostaria de vivenciar, talvez numa noite regada de bons vinhos portugueses em que me possa tambem regalar historias das suas fantasticas viagens. E pena que esta corja de suburbanos famintos de cultura nao o possam apreciar.

um beijo da sua amiga

Carlota.

Anónimo disse...

O Paulo Moura é um mentiroso. E o José Neves cometeu uma fraude na sua tese de doutoramento.

Anónimo disse...

Mas quem são estes gajos todos?! Por que é que deixam entrar toda a gente na Web?! Chiça!

Anónimo disse...

Até a Catarina Portas tem de admitir que tentar, por sistema, seduzir as mulheres que se entrevista é uma evidência de falta de ética jornalística. Ou será que Paulo Moura ainda não teve a oportunidade de entrevistar a Catarina Portas?

Saboteur disse...

Esta história da Catarina portas está a desvirtuar o debate e o facto de a Portas ter vindo cá fazer um comentário só faz ruído.

O jornalista faz uma notícia preguiçosa sobre uma manifestação que manifestamente não presenciou. Não é o único a omitir a vergonha que é a polícia impedir manifestantes de se manifestarem livremente contra a NATO. Eu quis sair do quadrado policial para ir beber água e um polícia armado de shot-gun não me deixou... Até aí aceito. É o que temos...

O Zé Neves, muito bem, denuncia este tipo de jornalismo e o jornalista, sem nenhuma vergonha, responde todo ofendido que é tudo verdade porque tem fontes mas que não pode revelar quais são.

Isso é que me lixa. Essa superioridade moral dos jornalistas que podem espalhar acusações sobre tudo e todos, podem manipular a seu belo prazer sem ter de prestar contas a ninguém.

Dito isto, face à gravidade de tudo isto, vir uma pessoa dizer «sugiro que suspendam o chorrilho bilioso por umas horas e as ocupem na leitura do livro "Passaporte para o Céu",do Paulo Moura» é um bocadinho ridículo

Catarina Portas disse...

Isto tem tanta graça. Acusam um jornalista por não revelar as suas fontes mas nem são capazes de se identificar para assinar as insinuações torpes que fazem, as mentiras que escrevem. Eu pensava que isto era um blog de uns intelectuais de esquerda de alta seriedade e gabarito mas até a conversa na mercearia da esquina da minha rua, onde se encontram as comadres ao fim da manhã a inventar sobre a vida alheia, costuma ter mais nível. Não há melhor que a net para revelar a cobardia que existe em cada um de nós, não é verdade, senhores anónimos e outros pseudónimos?

Já um jornalista assina o que escreve e, se numa determinada ocasião optar por não revelar as suas fontes, terá seguramente razões fortes para tal - como é explícito na justificação do PM.

Zé Neves e Ricardo Noronha: podem garantir que entre os milhares de manifestantes que desfilaram nesse dia não havia ABSOLUTAMENTE NINGUÉM com intenção ou vontade de provocar a polícia? Podem falar pela cabeça de cada uma das pessoas que lá estava?
Se calhar podem, com o mesmo à vontade e ligeireza, tão caracteristicamente portugueses, com que falam, acusam, julgam e condenam a seriedade profissional de alguém na praça pública, sem factos nem provas. Ou algum de vós, porventura, acompanhou o PM ao longo de toda a sua reportagem, podendo testemunhar com honestidade que essas afirmações nunca foram proferidas?
Estranho sobretudo que este falar de cor ( "a minha opinião é um facto", esse mal daninho português ) parta de gente da área das ciências sociais que supunha de atitude mais rigorosa, certamente mais séria. "Assalariado do regime"? ó FNoronha, foi desencantar a expressão a algum baú que não era aberto desde 1975?! Isto é tão bom como alguns dos produtos antigos que vendo. E é preciso não conhecer mesmo o PM para lhe chamar uma coisa dessas... ( já agora, desculpe lá, dispenso o paternalismo: bebo capilés e descanso quando muito bem me apetecer, ok?)

Não tencionava voltar a esta conversa mas este é um tema a que não resisto - e que considero ser um dever cívico combater todos os dias, por todos os meios, se quisermos viver num país melhor: a facilidade do discurso sem conhecimento que geralmente leva à injustiça da acusação gratuita.
Sei do que falo, já passei por isso, incomoda-me muito. E não faz de nós uma sociedade melhor.
Não me parece ter sido o caso do PM mas parece-me ser claramente o vosso.

Catarina Portas disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Catarina Portas disse...

Mas o assunto também não me enlouquece o suficiente para postar 3 x 1 resposta... Lamento, dava erro sempre que o tentava publicar e afinal até publicou. Se um editor cortar as repetições, os leitores agradecem e a autora também.

Zé Neves disse...

tenho estado fora do país e só agora vejo tudo isto. retirarei da rede, assim que puder, o comentário de um anónimo sobre vidas privadas deste ou daquele.

quanto ao resto, paulo moura: em nenhum momento da sua reportagem refere fontes anónimas. e em nenhum momento da sua reportagem e destas respostas refere fontes que indiquem o tal sonho de uns quantos em ver a polícia bater nos velhinhos do pcp.

passe bem.

Anónimo disse...

José Neves, afinal estamos a avançar. Se eu tivesse referido fontes anónimas já não haveria motivos para desconfiar. Mas como poderia referi-las, se elas são anónimas? Ou você acha que eu deveria usar fórmulas como “segundo fontes que não quiseram ser identificadas”, ou “segundo o que apurámos”, ou “o PÚBLICO sabe que”? Não costumo usá-las porque entendo que estão subentendidas e são desnecessárias. É uma questão formal, que não me importo de questionar. Mas que não altera nada. Um pseudo-jornalista que inventasse uma reportagem não lhe custaria nada escrever “segundo fontes credíveis...”
Está explicado? Quanto a você, falta-lhe explicar que motivo o leva a espalhar um boato calunioso sobre mim. Diz que vai retirar da rede os comentários sobre vida privada. Eu não vi nenhum comentário sobre vida privada. Vi apenas insultos, o que é diferente. Se é isso que vai retirar, deve começar por remover o seu post inicial, pois foi ele que afinou o tom da orquestra de insultos e calúnias que se seguiu.
Ah, e quanto aos sonhos selvagens. Admito que a expressão é minha e que possa não ter sido a mais feliz, embora traduza o que me foi dito. Mas como tem alguma carga subjectiva antecedia-a, no meu texto, do advérbio “provavelmente”. E repare que a expressão “velhinhos do PCP” é sua. Eu escrevi “velhos militantes do PCP”.
O que me parece é que, no final, se continuássemos esta discussão ociosa, acabaríamos a discutir apenas o estilo.
Vocês não gostam do meu estilo. Têm todo o direito. Eu também não gosto do vosso.
Paulo Moura

Paulo Moura disse...

Para que não haja duvidas, esqueci-me de colocar o nome, mas o último post é meu. PAULO MOURA

Catarina Portas disse...

Zé Neves,

reparei que retirou um post, apenas um, que considerou um "comentário de um anónimo sobre a vida privada deste ou daquele". Se tem esse tipo de opinião sobre as insinuações, calúnias e pura difamação que aqui foram publicadas, diversas sob anonimato, sugiro que deixe de ler o Público que tanto o maça e irrita e passe a comprar a Caras, a Flash e a Lux, que me parecem corresponder bastante mais aos seus critérios.

(que vergonha!)

José Canelas disse...

Esta cena de (alguns) jornalistas se isentarem de provar o que dizem é giro. E conveniente. E depois os outros é que caluniam e insultam. Se o processo científico seguisse os mesmos parâmetros de arbitrariedade ainda andávamos na idade média. Mas não, os jornalistas, aqueles que têm carteira, os profissionais!, têm uma credibilidade adicional, atenção. O Paulo Moura diz que a palavra dele vale mais do que a minha, do que a de outro cidadão, do que a do Zé Neves, do que a do Noronha. O Paulo Moura diz-se acima dos outros, é jornalista profissional, e que por isso pode afirmar o que lhe apetece sem qualquer evidência. Eu digo que os jornalistas de profissão são "mais bem sucedidos" quanto mais as suas "notícias" suportam o sistema de poder vigente de que dependem. Eu digo que os jornalistas profissionais, de carteira, "bem sucedidos" merecem *menos* credibilidade do que o cidadão médio.

Zé Neves disse...

Paulo Moura, não estamos a avançar coisa nenhuma. A sua reportagem, no que se refere aos anarquistas, é marcada por uma insinuação gravíssima que, no seu texto, não vem sustetada em lado nenhum. Diz-me, agora, que se baseou em fontes anónimas. Fontes anónimas não chegam para tudo e mais alguma coisa. Quanto ao resto, mantenho. Enquanto leitor, perdi qualquer confiança no seu trabalho. Se quiser avançar para tribunal, esteja à vontade. Eu se tiver tempo e paciência tenciono avançar para o provedor de leitor do Público.


Catarina Portas, retirei um comentário relativo à sua vida privada. Quanto ao resto, creio que a sua participação neste debate em nada acrescenta ao mesmo.

Cavaco Silva disse...

"Acusam um jornalista por não revelar as suas fontes mas nem são capazes de se identificar para assinar as insinuações torpes que fazem, as mentiras que escrevem."
Mas o que é que tem a ver uma coisa com a outra? Ou a menina está a insinuar que as reportagens do nao-sei-quê-moura para o jornal Publico têm um nível de credibilidade apenas comparável ao de um comentário num blog? não fosse tão óbvia a tentativa de misturar alhos com bugalhos com vista a ganhar alguma vantagem na discussão e conseguir convencer uns néscios (aqueles com quem tem conversas sobre esquerdas de alto gabarito) e diria que tinha sido ridicula...

Anónimo disse...

«Da próxima vez que você ou alguém disser publicamente que eu sou mentiroso prepare-se para o provar em tribunal.»

Este figurão do Paulo Moura perdeu toda a credibilidade. Ameaçou com tribunal a quem voltasse a chamar-lhe mentiroso, continuaram a chamar-lhe mentiroso e ele... nada, reduz tudo a uma questão de estilo:

«O que me parece é que, no final, se continuássemos esta discussão ociosa, acabaríamos a discutir apenas o estilo.
Vocês não gostam do meu estilo. Têm todo o direito. Eu também não gosto do vosso.»

O leãozinho quis mostrar as garras e afinal retirou-se como um cordeirinho.

Mais valia ter estado calado. Patético!

Catarina Portas disse...

Zé Neves,

você não retirou um comentário à minha vida privada, retirou uma invenção que incluia o meu nome, feita por um anónimo. São coisas diferentes e estranho que alguém tão preocupado com a verdade não consiga fazer essa distinção.

Desde o início que é este o tema em discussão. Você acusou um jornalista profissional de mentir e inventar - o que é uma acusação gravíssima para um jornalista. Mas não apresentou até ao momento uma única prova disso.

Ao dizer-me que nada acrescento a esta discussão confirmo apenas o que já presumia desde o seu post inicial: a sua dificuldade em aceitar que alguém veja o mundo por outros olhos que não os seus.

Miguel Sacramento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel Sacramento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel Sacramento disse...

Caros amigos, como cidadão comum que sou, li o texto publicado por Paulo Moura e estive tanto na manifestação dos "Anarquistas" como na da "CGTP".

Estive em ambas as manifestações, a dos "Anarquistas" e a da "CGPT", sublinho. Fui com o intuito de me manifestar e saber por minhas mãos o que se iria desenrolar, pois já previa textos algo sensionalistas que iriam abordar o tema em tom de gozo ou de alarme (drama), pouco imparciais e mais ficcionados que própriamente jornalísticos. Já sabia que tudo isso iria surgir depois da manifestação. Um desses exemplos é o texto publicado por Paulo Moura, que até se dá ao luxo de saber os fetiches mais íntimos de jovens anarquistas. É interessante imaginar fetiches, mas não é isso que se pede a um jornalista do Público. Eu admito que seja engraçado inventar ou escrever a realidade de uma forma mais apelativa mesmo que nada tenha a ver com o que se passou, mas isso não se pede a um jornalista mas sim a um romancista.

Com tudo isto, acho que o Zé Neves tem razão, e exprime de alguma maneira uma certa revolta contra um certo tipo de jornalistas que não aborda certos assuntos com a devida seriedade e imparcialidade.

Para bem do jornalismo Português, não tentem ser psicanalistas ou romancistas. Se tiverem fartos, vão vender capilés. De certeza que farão um melhor serviço.

buga daz coubz disse...

a tugólandia anda um atraso de vida em todos os aspectos...
e o jornalismo porra... vai de mal a pior!
desde "jornalistas" do tareia da manhã que devem vestir-se de cabedal e algemas enquanto falam todos entesuados de banhos de sangue que a policia devia dar aos "piolhosos" o que me parece para alem de nada jornalistico, ainda por cima ser tendencioso, e parecer que ainda existe uma palhaçada (toda a gente sabe e sente que o é) que é a justiça, que essa sim deve julgar quem é criminoso ou não, e não os policias armados até aos dentes que acabam por ler e se ir masturbar com o tareia da manhã com os seus colegas de quartel...
a valentina marcelino tambem é outra bela peça... escreve tanta merda, que continuo a achar que deve ter feito o curso dela junto com o primeiro ministro... é que tem jeitinho é para inventar pessimas historias policiais repletas de vilões jamesbondagianos, com passa montanhas e armas... ai pá pera ai... que os que vi assim nestas condições eram os policias!!!!!!!

ouvi não sei quantas mentiras! agora vão la descobrir quem é que foi o mentiroso que falou dos 1000, MIL, one thousand black blockers... o que a julgar plos 8 mil que a dizem que a manif teve, representava 1 em cada 8 pessoas!!!!!!! continuo a dizer que os que vi de negro, passa montanhas, organizados, violentos... foram os policias!...e os paisanos que por la via, deviam fazer essa percentagem no meio das pessoas!

no final da parada dos animais selvagens, rodeados plos good-cops... reparei num facto interessante!..
ja tenho visto essa tactica noutras manifs, e consiste em algo mto simples... no final da manif e depois dos good-cops terem andado a empurrar e a mostrar que a democracia quando nasce não é para tod@s, e que a liberdade de expressão não é uma vontade dos democraticos organizadores da manif... nem da democracia, os policias empurraram o pessoal para perto do elevador da gloria (ou la como se chama o que vai para o bairro alto) e como que por milagre, de repente, a manif que até aí estava rodeada por uma forte barreira policial, ficou com uma brecha num dos lados... curiosamente, um lado onde me pareceu mesmo, tinham sido deixados estrategiacamente posicionadas umas carrinhas da policia... (será que o fila de policias que estava desse lado das carrinhas foi o que saiu para ir defender a espelunca da candidatura do cavaco do outro lado da avenida, do outro lado do bloco dos terroristas...)
o que me pareceu a mim, que nao sou especialista de estrategia militar, mas que ja vi bastantes merdas para alem da lei que estes senhores da lei conseguem fazer, foi que de repente e convenientemente, meteram os manifestantes terroristas (mto longe dos 1000 que anunciaram que vinham de fora) juntinhos ás carrinhas da policia!... a sensação que imediatamente me deu foi a de "espero que não haja nenhum mamado ou nenhum bofia á paisana (ou vestido á "black block" como ja tem mostrado fazer em varias outras manifs) que agora se lembre de começar a atacar as carrinhas da policia... que isso é mesmo o que os bófias me perece que estavam a incentivar!...

buga daz coubz disse...

no final da parada dos animais selvagens, rodeados plos good-cops... reparei num facto interessante!..
ja tenho visto essa tactica noutras manifs, e consiste em algo mto simples... no final da manif e depois dos good-cops terem andado a empurrar e a mostrar que a democracia quando nasce não é para tod@s, e que a liberdade de expressão não é uma vontade dos democraticos organizadores da manif... nem da democracia, os policias empurraram o pessoal para perto do elevador da gloria (ou la como se chama o que vai para o bairro alto) e como que por milagre, de repente, a manif que até aí estava rodeada por uma forte barreira policial, ficou com uma brecha num dos lados... curiosamente, um lado onde me pareceu mesmo, tinham sido deixados estrategiacamente posicionadas umas carrinhas da policia... (será que o fila de policias que estava desse lado das carrinhas foi o que saiu para ir defender a espelunca da candidatura do cavaco do outro lado da avenida, do outro lado do bloco dos terroristas...)
o que me pareceu a mim, que nao sou especialista de estrategia militar, mas que ja vi bastantes merdas para alem da lei que estes senhores da lei conseguem fazer, foi que de repente e convenientemente, meteram os manifestantes terroristas (mto longe dos 1000 que anunciaram que vinham de fora) juntinhos ás carrinhas da policia!... a sensação que imediatamente me deu foi a de "espero que não haja nenhum mamado ou nenhum bofia á paisana (ou vestido á "black block" como ja tem mostrado fazer em varias outras manifs) que agora se lembre de começar a atacar as carrinhas da policia... que isso é mesmo o que os bófias me perece que estavam a incentivar!...

portugal é um dos paises da europa com maiores queixas de violencia policial.
eu proprio fui ameaçado por mensagens privadas no facebook por um bofia que não contente com a liberdade de expressão e com a a minha opinião acerca da merda da cimeira, me mostrou o quanto sequiosos os bofias andavam de malhar no pessoal!...
um amigo a olhar para um bofia de passa montanhas e cartuxeira de balas á cowboy na perna ouviu dessa criatura da lei um fofinho "tás a olhar muito daqui a nada tas a encher!" e eu bem via como alguns deles se espumavam todos para a porrada... de tão mortinhos que estavam... afinal de contas, investiram tanto na segurança, que tinham que arranjar um motivo violento para justificar a merda de atitude de panico que andaram a propagandear!...

os jornalistas não são imparciais!
não sinto que façam investigação!
o que sinto é que parece que se limitam a criar versões de uma "noticia" vinda de um qualquer nucleo jornalistico que lhes dita a verdade, e que lhes dá garantias de ser A verdade absoluta, que devem acreditar cegamente nela, e que nem precisam fazer investigação! apenas tem que reproduzir o que lhes ditaram, dando-lhes a liberdade de meterem o seu estilo literario! mas porra... quando leio uma noticia, mais do que o estilo, gosto de perceber quando as coisas dizem a verdade!...
e sinceramente, plo que vejo na maioria dos jornais... a verdade é algo que não vende! por isso siga fantasiar e vender mentiras! espalhar o panico! inventar inimigos!...
os blindados para a cimeira não eram para a cimeira... são mais para controlar os eventuais e quase invitaveis motins que prevejo que venham a acontecer dadas as condições que se estão a criar neste atraso de vida a que chamam portugal!...

pouco me importam se a nao sei quantas deu quecas com o não sei quantos!... isso para mim são punhetas de bacalhau para o pessoal deixar de se focar no que realmente interessa! por mim podem todos andar a foder com quem quizerem!...
o que não curto mesmo nada é que me fodam a vida a mim, mto menos quando esses sexo não é consentido! e é isso que tenho andado a sentir por todo o lado... desde os chulos dos governos, aos media, propriedade dos amiguinhos dos governos!...
e sim...
a maior parte do que vejo e leio nos media é uma tanga!...

buga daz coubz disse...

portugal é um dos paises da europa com maiores queixas de violencia policial.
eu proprio fui ameaçado por mensagens privadas no facebook por um bofia que não contente com a liberdade de expressão e com a a minha opinião acerca da merda da cimeira, me mostrou o quanto sequiosos os bofias andavam de malhar no pessoal!...
um amigo a olhar para um bofia de passa montanhas e cartuxeira de balas á cowboy na perna ouviu dessa criatura da lei um fofinho "tás a olhar muito daqui a nada tas a encher!" e eu bem via como alguns deles se espumavam todos para a porrada... de tão mortinhos que estavam... afinal de contas, investiram tanto na segurança, que tinham que arranjar um motivo violento para justificar a merda de atitude de panico que andaram a propagandear!...

os jornalistas não são imparciais!
não sinto que façam investigação!
o que sinto é que parece que se limitam a criar versões de uma "noticia" vinda de um qualquer nucleo jornalistico que lhes dita a verdade, e que lhes dá garantias de ser A verdade absoluta, que devem acreditar cegamente nela, e que nem precisam fazer investigação! apenas tem que reproduzir o que lhes ditaram, dando-lhes a liberdade de meterem o seu estilo literario! mas porra... quando leio uma noticia, mais do que o estilo, gosto de perceber quando as coisas dizem a verdade!...
e sinceramente, plo que vejo na maioria dos jornais... a verdade é algo que não vende! por isso siga fantasiar e vender mentiras! espalhar o panico! inventar inimigos!...
os blindados para a cimeira não eram para a cimeira... são mais para controlar os eventuais e quase invitaveis motins que prevejo que venham a acontecer dadas as condições que se estão a criar neste atraso de vida a que chamam portugal!...

pouco me importam se a nao sei quantas deu quecas com o não sei quantos!... isso para mim são punhetas de bacalhau para o pessoal deixar de se focar no que realmente interessa! por mim podem todos andar a foder com quem quizerem!...
o que não curto mesmo nada é que me fodam a vida a mim, mto menos quando esses sexo não é consentido! e é isso que tenho andado a sentir por todo o lado... desde os chulos dos governos, aos media, propriedade dos amiguinhos dos governos!...
e sim...
a maior parte do que vejo e leio nos media é uma tanga!...

buga daz coubz disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
buga daz coubz disse...

peço desculpa por comentarios repetidos... mas isto dava mensagem de erro e tive que repetidamente ir cortando parte do comentario até ele ser aceite...
plos vistos afinal de contas os comentarios foram postados... apesar do erro que relatavam

Paulo Moura disse...

Parabéns José Canelas, finalmente alguém tem a coragem de colocar correctamente o problema:

“Eu digo que os jornalistas de profissão são "mais bem sucedidos" quanto mais as suas "notícias" suportam o sistema de poder vigente de que dependem. Eu digo que os jornalistas profissionais, de carteira, "bem sucedidos" merecem *menos* credibilidade do que o cidadão médio.”

Isto tem a beleza de uma fórmula matemática. Diz tudo: o que vocês odeiam não é a minha reportagem, é o jornalismo em si, tal como ele é entendido e exercido nas sociedades democráticas (desculpem a expressão).
Uma das prerrogativas desse jornalismo é precisamente o sigilo das fontes. O objectivo não é proteger os jornalistas, mas as próprias fontes, para que possam expressar-se sem o constrangimento opressivo de qualquer tipo de poder, incluindo o da polícia ou mesmo o do regime vigente.
Eu escrevi o que determinadas fontes me disseram. Tenho autoridade para isso, porque tenho conhecimento de causa – foi a mim que elas mo disseram. Você estava presente quando as entrevistei? Se estivesse teria toda a autoridade para me contestar. A minha palavra não vale mais do que a sua, a do José Neves ou mesmo a do inimputável Noronha.
Mas se não esteve presente o que alega afinal? Que nunca poderiam ter-me dito aquelas coisas, porque
1- Está convencido de que elementos anarquistas nunca seriam adeptos de actos violentos, nem nunca ninguém partiu montras ou provocou polícias durante uma manifestação anti-nato?
2- Está convencido de que a polícia é por natureza uma força repressiva, instrumento de um poder repressivo, e que só isso pode motivar o seu comportamento?
Dizer que eu menti porque as informações que escrevi contrariam essas suas convicções (correctas ou não) é querer configurar a realidade aos vossos sonhos (mais selvagens). Desafio-vos a virem comigo na minha próxima reportagem. Você, o José Neves e até o menor Noronha, desde que acompanhado pelo encarregado de educação. Assim poderão testemunhar as minhas entrevistas, tomar notas e depois contestar ou confirmar o que as fontes disseram. De outra forma, não.
As fontes que eu ouvi na manifestação referiram-se apenas aos seus próprios propósitos e intenções. Não aos propósitos e intenções de terceiros. Se fosse este o caso, esses terceiros teriam todo o direito de protestar. Só que nessa situação eu nunca escreveria essas informações sem as confirmar com os visados.
São estas as regras deontológicas do jornalismo que pratico. Não será um jornalismo perfeito, mas quais são as alternativas?
O Pyongyang Choson Sinbo? Este blogue?

Despeço-me de todos (até do grande Noronha) sem ressentimentos.
Feliz Natal.

Paulo Moura

Anónimo disse...

Caro Paulo Moura.

Ninguem duvida que tenham sido partidas montras em outras manifestacoes anti-nato, ou que haja anarquistas, ou outros, que o facam e aplaudam.

A questao e outra.

Quando e que o Paulo Moura viu algo assim acontecer em Lisboa ou em Portugal? Diga-me a ultima vez que houve uma montra partida numa manifestacao no territorio nacional?

O que se pode chamar movimento anarquista em Portugal e minimo. e e altamente improvavel que dentro desse movimento saia alguem que esteja disposto a falar com um jornalista nao ideologicamente alinhado, muito menos para revelar "sonhos selvagens".

Tanto a argumentacao do Paulo como da Catarina se baseia num desconversar algo obtuso. A sua reportagem, quando lida por quem esta ligado a esses movimentos e momentos, surge apenas como um exemplo de algo que foi feito sem contacto absolutamente nenhum com o que se propoe relatar.

De resto como a sua argumentacao assim o revela.O unico que avanca enquanto argumento sao de novo generalizacoes sobre algo do qual sabe muito pouco e o mesmo vacuo enalticemento da sua pessoa que cada vez mais se cobre de um ridiculo caricatural de si proprio.

um beijinho,

Luis,
Namorado da Carlota,
Por isso sem acentos.

Miguel Lopes disse...

"Um cenário de a polícia a carregar sobre os velhos militantes do PCP era provavelmente o sonho mais selvagem dos elementos anarquistas. O Corpo de Intervenção da PSP decidiu não correr riscos."

Então a PSP decidiu "não correr riscos" perante uma informação à qual não teve acesso porque foi sigilosamente confiada, apenas e só, a Paulo Moura? É óbvio que a actuação policial não pode ter sido movida pela justificação que a precede.. pois se apenas lhe foi comunicada a si?!?!

É óbvio que as coisas não são bem aquilo que descreve Paulo Moura. O sigilo das fontes pode conflituar com o direito das pessoas ao bom nome, entre outros. Era uma maravilha para os jornalistas poderem dizer o que lhes apetecesse sem terem que provar absolutamente nada. Mas não é bem assim.

E é por isso que não devem ser os leitores a carregar esse ónus de provar a falsidade de uma peça escrita com linguagem rasteira, insultuosa para as próprias fontes, tendenciosa e com muitas "possibilidades" e "sonhos" que soam claramente aldrabice. E quando as coisas soam claramente a aldrabice, há uma regra que nunca falha: nada do que está escrito é verdade até prova em contrário.

Cumprimentos

Ricardo Noronha disse...

Naturalmente, pessoas que põem em causa o jornalismo de Paulo Moura Guedes só podem mesmo ser pessoas que «odeiam o jornalismo em si» ou que preferiam viver na Coreia do Norte.
Com toda a clareza, para que até o Paulo Moura Guedes compreenda: o que é que levaria essa ala dura do movimento anarquista português - esse pessoal movido a sonhos selvagens e cheio de propósitos violentos - a partilhar os seus planos mais secretos (para não falar dos seus métodos mais sórdidos) com um jornalista do Público?
E se o Paulo Moura Guedes foi o único a ter acesso a esse plano, porque é que a polícia haveria de correr ou deixar de correr riscos?
As nossas convicções nada têm a ver com o assunto. Bastam estas duas perguntas lógicas para pôr a nu a fragilidade destas afirmações. Na verdade, até um menor de idade inimputável seria capaz de identificar a natureza eminentemente ficcional do trabalho de Paulo Moura Guedes. Mas que a minha inimputabilidade não sirva de desculpa. Ao fim e ao cabo, um jornalista vale tanto como a sua palavra. Já aqui foi prometido um processo judicial e até agora nada.

Miguel Sacramento disse...

"Naturalmente, pessoas que põem em causa o jornalismo de Paulo Moura Guedes só podem mesmo ser pessoas que «odeiam o jornalismo em si» ou que preferiam viver na Coreia do Norte."

Lá estão as suposições à Paulo Moura!
Fazem escola, Parabéns, por ter a lição de Paulo Moura tão bem estudada. Espero é que não seja jornalista para bem deste país e das páginas dos jornais. Tadinhas, o que elas sofrem com tantos jornalistas que andam por aí.