17/11/10

A Greve Geral é também na rua: no dia 24 de Novembro, os Precários Inflexíveis e a Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual organizam uma concentração, a partir das 15h no Rossio, em Lisboa.

Aqui fica este cartaz dos Precários Inflexíveis apelando à participação de todos na Greve Geral do próximo dia 24. Porque, como escreveu o Nuno Ramos de Almeida, "todos somos protagonistas da greve geral". A este comentário também do Nuno, na caixa de comentários de um post da Diana cujas razões igualmente retomo, vou buscar a resposta que entendo devermos dar aos que acusam de divisionismo, ânsia de protagonismo, anti-sindicalismo e sei eu lá que mais as iniciativas deste tipo e a sua multiplicação:

Acho fantástico que os precários marquem uma concentração e a única reacção do sectário-geral [seja] dizer que o que eles querem é protagonismo. Parece que há lutas mais iguais do que outras e que os movimentos e as pessoas não podem lutar contra esta política e este PEC, sem ser nas lutas superiormente autorizadas, resta saber por quem […] parece que não é bom que haja pessoas nos piquetes, nas ruas e nas praças a publicitar a greve geral.

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, podia ter anunciado, já que cita o Nuno, que ele divulgou um cartaz do SPGL e da CGTP anunciando um espectáculo também para o Rossio.

Miguel Serras Pereira disse...

Vítor Dias,
Não reparou que forneço o link para o post do Nuno ao citá-lo? E que noutras ocasiões tenho divulgado iniciativas ou apelos da CGTP à greve geral?
Dito isto, parece-me importante ter presente o que o Carlos Guedes escreveu há pouco tempo sobre o problema de fundo que aqui se levanta:
"É natural, portanto, que haja pessoas que, estando motivadas para a luta não o estejam para uma luta conduzida e/ou determinada pela CGTP. Principalmente quando sabemos que não é, muitas vezes, a própria CGTP a marcar o calendário das suas iniciativas. (…) Uma nota final para dizer o seguinte: se é inegável que a CGTP e os sindicatos que representa desempenham um papel fundamental na nossa sociedade, também o é que o que aconteceu com a malta do May Day, que no 1º de Maio se pretendia juntar à manifestação, em nada ajuda à união de esforços. E coisas como essa ajudam, e de que maneira, a que alguma malta comece a ficar farta dos tiques de «dono da luta» de alguns senhores que por aí andam" (http://5dias.net/2010/05/25/revoltemo-nos-pois/).
Mas é verdade que sobre tudo isto as respostas da Diana Dionísio na caixa de comentários do seu post que cito, bem como as palavras do Nuno que acima subscrevo, dizem quanto basta.

Seu leitor compenetrado

msp