22/11/10

Keep it simple: da relatividade de Einstein ao valor do dinheiro

Aqui há uns anos lia-se muito Piaget. Eu, pelo menos, lia. De um dos seus livros, ou de algum livro sobre ele, recordo uma história em que se contava que as crianças não tinham qualquer dificuldade em compreender a relação entre tempo e velocidade proposta por Einstein.
Até uma determinada idade, os putos achavam absolutamente natural — e mesmo uma evidência sem necessidade de demonstração — que quando se anda mais depressa o tempo passa mais devagar.
A mesma clarividência parece desenhar-se a propósito de finanças.
Tentem explicar a um miúdo as guerras cambiais entre a China e os EUA com a Europa pelo meio. Façam-no recorrendo a exemplos domésticos e deixem os esoterismos de lado.
A resposta, verão, será invariavelmente a mesma: Tens falta de dinheiro? Bom, mas nesse porque é que o governo não fabrica mais notas e pronto?, dirá ele, borrifando-se completamente para as valorizações e desvalorizações da moeda.
Ou seja, as crianças não só percebem com facilidade Einstein como, ao que parece, também concordam com Occam: entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem. E tudo isto sem saberem nada de física, de latim, ou de finanças. Abençoadas!

1 comentários:

João Ricardo Vasconcelos disse...

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Ab