29/11/10
Viva a vitória militar da narco-resistência brasileira ao governo burguês de Dilma?
por
Miguel Serras Pereira
Se bem compreendi este post do Renato Teixeira — Na guerra entre a Favela e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), escolho a derrota da Dilma — a posição rubra é a seguinte: tal como, não sendo "guerreiros do islão", devemos apoiar a "vitória militar" da "resistência islâmica" no Médio Oriente e outras paragens, contra o imperialismo e o Estado de Israel, assim também, embora não sendo narcotraficantes, devemos apoiar a narco-resistência brasileira e latino-americana em geral, contra o governo burguês de Dilma e os restantes políticos burgueses da região (e do mundo). Resta-nos, pois, adoptar a palavra de ordem que, na síntese mais rubra, reúne os dois combates e proclamar, escolhendo o nosso campo: "Viva a vitória militar da narco-resistência islâmica!". Haverá outras opções de combate à oligarquia?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
26 comentários:
Miguel
E prestas atenção às divagações lunáticas do Renato!?
Estás a dignificar o gajo com a atenção que lhe dispensas. Ele está a prestar um serviço público valiosíssimo: afasta esquerdistas do comunismo autoritário aos milhares. O Renato é uma preciosidade e um dos melhores aliados de Israel. :)
ezequiel
LOL
:)
abraço
ezequiel
Eu até acho que pode haver bons argumentos a favor dos traficantes:
http://ventosueste.blogspot.com/2010/11/o-traficante-de-droga-inimigo-universal.html
legalise!
legalise!!
---
ezequiel
A sua comparação entre uma posta individual assinada num blogue colectivo, com a posição política de uma dada organização, é digno de um canalha e reveladora do seu iluminismo libertário. Fiquemos, definitivamente, por aqui.
Renato Teixeira
Ezequiel, não tem nenhuma moral relativamente ao MSP. Já não é por muito, mas ainda lhe ganha em fanatismo islamofobico e tempo perdido a dignificar as minhas divagações lunaticas.
Renato Teixeira
Renato, acho curioso que me tenhas censurado no Cinco Dias a expressão "pulha", dirigida ao teu amigo Vidal, e te sintas à vontade aqui para utilizar "canalha" para o MSP. Afinal as boas maneiras e a elevação na discussão são só quando convém aos nossos.
Quanto ao assunto em si, já publiquei a minha posição no 2+2=5 pelo que me abstenho de a colocar por aqui.
Caro André Carapinha,
só não me referi ao teu post sobre este assunto porque não o tinha lido quando postei este aviso à navegação.
Mas aqui fica a recomendação de leitura (http://doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/2010/11/falencia-moral-de-uma-certa-extrema.html) e um abraço solidário
msp
Ainda bem que começou por assumir que provavelmente não compreendeu nada.
Haverá outras opções de combate "aos malfeitores"?
Ou a invasão do afeganistão também fica imediatamente justificada pelo combate aos traficantes de droga talibans?
Caro Anónimo,
julgo compreender que você, embora sem dar por isso, concorda comigo em que a alternativa ou a polícia ou os ladrões é falsa - que não temos de aprovar as condições de vida nas favelas nem a sua via de abordagem policial e repressiva para nos opormos ao poder dos narcotraficantes e à opressão e exploração que exercem sobre as populações. Do mesmo modo, por exemplo, denunciarmos as práticas tirânicas e obscurantistas da "resistência islâmica" iraniana (a ditadura oligárquica e confessional de Teerão ou o regime prefigurado pelo Hamas) não significa que apoiemos a política do Estado de Israel e a sua imposição de um jugo de tipo colonial aos palestinianos.
Ou não será assim? (Foi por isso que linkei o meu post anterior sobre as falsas alternativas.)
Saudações democráticas
msp
Renato,
Espero que continue a prestar o seu precioso serviço público em nome dos seus resistentes. É deles que eu não gosto. É tão simples quanto isto.
Boas divagações,
ezequiel
Anónimo
mas alguém no planeta terra justificou (politicamente) a guerra do afeganistão como uma guerra contra os produtores de heroína talibans???
Z
Miguel.
A malta insiste, insiste, insiste: olha,sabes, podes criticar x E y...
mas eles não, não, não!! quero criticar apenas x.
isto até dava um skecth humorístico
unidimensionalidade, em todo o seu esplendor
LOL
Z
Caro Miguel Serras Pereira I,
de facto concordo em absoluto que não se deve ter uma perspectiva maniqueísta deste mundo tão complexo e dividir todas as questões entre "bons e maus". Aliás, como o Miguel deu a entender que fazia no seu "post", embora talvez não desse por isso.
A sua conclusão que ser contra a actuação do Estado Brasileiro para resolver o problema "da lei e da ordem" nas favelas (como se esta actuação tivesse alguma coisa a ver com isso, mas é ingénuo quem quer) é estar a a favor dos narcotraficantes sul-americanos é só sua, e revela a mesmíssima mentalidade que pretende imputar ao Renato. A minha intervenção foi no sentido de o alertar para o erro que estava a cometer.
Não li o outro "post" que refere mas fá-lo-ei mal tenha tempo.
Saudações libertárias
não me recordo se o fizeram (embora talvez a foxnews tenha emitido algumas reportagens a-la-Paulo-Moura acerca desse assunto) mas não fique preso a isso, caro amigo: faça o favor de substituir a guerra aos "talibans traficantes de droga" pela guerra aos "talibans violadores dos direitos humanos". já fica mais satisfeito com essa justificação "politica" para uma guerra injusta?
A Fox News?
Wrong. Nem a Fox News usou tal argumento.
O que é surpreendente, de facto.
Meu caro,
Eu fui e sou contra ambas as guerras por razões diferentes das suas, certamente.
A guerra do Iraque foi simplesmente injustificável, foi legitimada por razões fictícias, enfim, you know the story.
A guerra do Afeganistão teve um casus belli (justa causa de guerra) e é legítima perante o Direito Internacional mesmo que não seja desejável do ponto de vista da estratégia militar ou de contra-terrorismo.
Ambas foram e são guerras pouco sensatas.
Assim, respondendo à sua pergunta: não, não fico mais satisfeito com a justificação política que propõe ou que me atribui (erradamente) porque eu jamais recomendaria combater o terrorismo com uma guerra essencialmente convencional na qual a morte de civis inocentes alimenta as fileiras dos jihadis. Teria preferido uma outra guerra menos indiscriminada mas infinitamente mais eficaz.
Fui e sou contra ambas as guerras. Por razões diferentes das suas, suponho eu.
ezequiel
André Carapinha, veja que estou na posta do MSP, a insultar o MSP. Não estou na posta de nenhum outro escriba desta tasca.
O Carlos Vidal parodiou a sua poesia e voce veio destratar o homem numa posta minha. MSP, incapaz de discutir com argumentos, apenas lança barulho. Em Angola chamar-lhe-iam confusionista.
Na verdade CV pode não ter razão sobre muitas coisas, mas começo a ver que cada uma das suas palavras sobre o MSP se justificam.
RT
"A sua conclusão que ser contra a actuação do Estado Brasileiro para resolver o problema "da lei e da ordem" nas favelas (como se esta actuação tivesse alguma coisa a ver com isso, mas é ingénuo quem quer) é estar a a favor dos narcotraficantes sul-americanos é só sua..."
Que reviravolta curiosa.
Mas, mas, mas não foi o Renato Resistente que afirmou que estava do lado dos narcodealers?? (que preferia os narcodealers resistentes àos BOPE da Dilma???) Foi a isto que eu respondi (falo em meu nome, evdte)
Sim, é evidente que estou do lado da Dilma e dos BOPE contra os narcodealers. É evidente que sim.
O Miguel tem outra opinião, julgo eu.
ezequiel
o problema não é a traficância per si.
é a forma como estes traficantes agem.
o que eles fazem para manter o negócio.
legalise!
z
confusionista??
é à confusão!!
confusão como "princípio" metafísico ou ontológico. à cónfusão omnipresente. lol
lol já n me lembrava desta. os Angolanos são fantásticos, grosso modo.
digo isto com admiração genuína.
uma filosofia sensata, a da confusão!
o confusionismo lol lol
os Chineses vão ficar com inveja.
afropunk maoism!!
muito bom
lol
caro Zequiel (é assim que se escreve?),
não lhe atribui nenhuma justificação politica para a guerra no Afeganistão, nem nunca o pretendi fazer. Limitei-me a responder a uma questão que colocou com vista a descredibilizar a minha pergunta e o meu argumento na discussão acerca do "post" do Miguel I.
Certamente que somos contra a guerra no Afeganistão por razões diferentes, até porque, depois da sua intervenção, é bastante duvidoso que seja contra uma guerra que em ultima análise considera legitima (embora pouco sensata), e parece mais plausível que até a considere necessária e justa, mas discorde dos meios utilizados (talvez preferisse que as tácticas de tortura fossem "cirurgicamente" aplicadas à população afegã comprovadamente terrorista, como o compreendo).
Relativamente às outras cambalhotas ou reviravoltas que dá, limito-me a aconselhá-lo a responder preferencialmente àquilo que lhe foi dirigido a si e a deixar de falar pelos outros, sob pena de só estar a contribuir para o engrossar das fileiras do confusionismo
http://3.bp.blogspot.com/_pvDO1G-ytes/TOwCu7Aq78I/AAAAAAAAAt0/oP22TE8ZJis/viva%20la%20resolution.PNG
bem, começou por invocar um facto imaginado
ok. o seu comentário foi dirigido ao Miguel mas respondeu à minha interpelação. (este gajo ainda n percebeu onde está: na net)
ok
as minhas desculpas.
z
PS: Há guerras que podem ser legítimas mas absurdas do ponto de vista militar (se tivermos presente a natureza do inimigo e da ameaça)
mas, sinceramente, isto não é o meu cup of tea.
tento ser lógico apenas.
ciao
não contribuirei para o confusionismo. quel drame! LOL LOL
abraços,
z
Renato, estive para escrever uma resposta mais longa, mas não o vou fazer, porque não quero alimentar novelas paralelas aos posts. Limito-me a dizer que não foi isso que se passou, e o Renato sabe-o. De facto chamei pulha ao seu amigo, e no seu post, mas tal nada teve que ver com poesia minha, antes com uma longa sucessão de pulhices argumentativas como só o seu amigo Vidal é capaz. A manipulação da minha poesia, através da selecção de certas partes e do bom velho "corta-e-cola" (um estalinista é sempre um estalinista) foi apenas um episódio.
Afinal dou-lhe até razão. Chamei pulha ao Vidal no seu post, e p Renato chamou canalha ao MSP no post deste. Isso é uma enorme diferença.
O ardor "resistente" do Renato Teixeira cega-o: agora critica-me meter a Rubra ao barulho quando me refiro às suas posições (dele, Renato Teixeira). Que estatuto de excepção quer o RT para si próprio e para a sua congregação? Acaso não há por aí muito boa - e menos boa - gente que critica o BE invocando declarações de Louçã ou artigos publicados no esquerda.net? Ou que critica o PCP, referindo-se a um editorial do Avante!, a uma crónica no mesmo jornal, a declarações de Francisco Lopes?
Isto lembra-me um episódio curioso em 1974 ou 1975: o grande timoneiro Arnaldo Matos em pessoa apareceu numa reunião pública de jornalistas na Casa da Imprensa em Lisboa, na qual quase todos os presentes o conheciam ou, pelo menos, reconheciam de outros contextos (lutas estudantis dos tempos da ditadura, sessões públicas pós25 de Abril nas quais participara como secretário-geral do MRPP). Ora, acontecia que, nessa altura, a direcção do MRPP e o seu secretário-geral tinham oficialmente passado à clandestinidade, anunciando de resto clamorosamente essa decisão. Assim, quando alguém, durante a discussão, interpelou o grande timoneiro pelo seu nome, imediatamente houve quem, entre os seus fiéis, irrompesse aos brados protestando contra a denúncia pública a que ali se estava proceder da presença de um revolucionário na clandestinidade.
Desculpem-me a divagação memorialística. Masaqui fica.
msp
Enviar um comentário