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No meio disto tudo, Cavaco Silva vai avançando, sem pompas, sem efeitos especiais, sem surpresas mediáticas. Apresenta serenamente as suas ideias, apresenta o activo poderoso da sua isenção e da sua experiência acumulada, desenha com precisão os contornos da situação para que o País foi arrastado por umas cambadas governativas irresponsáveis, fala com simplicidade do que está a acontecer e que ele tinha previsto muito antes, e tem ainda o mérito, extraordinário nos tempos que correm, de não ter perdido a esperança.
Toda a gente entende este tipo de discurso. Muitos dos que não o apoiaram anteriormente sabem que não há hoje nenhuma alternativa credível à sua candidatura. Uma noção elementar de patriotismo em tempos de crise levá-los-á a votar nele.
Aníbal Cavaco Silva personifica uma força tranquila e propõe um magistério de autoridade democrática e de competência a uma sociedade crispada, arruinada e descrente até ao mais fundo de si mesma.
Todos sabem, e os que não sabem sentem-no como evidência desarmante, que só Cavaco Silva convém a Portugal neste momento.
(publicado também aqui)
1 comentários:
Estava convencido de que sua Excelência já tinha falecido…
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