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Há quem, passe o tempo que passar, não altere uma vírgula nas observações dogmatizadas sobre a realidade nem na sua catalogação na memória. São os estereotipados que tratam os tiques como estimação sectária, a que chamam, exercitando a auto-estima, firmeza e coerência. Os mais radicais entre estes, os cultivadores do congelamento histórico, não mexem sequer nos meneios da “linguagem de madeira” petrificada enquanto comunicação inter-partidária. Repare-se como passados trinta e cinco anos sobre o triste e célebre episódio do saneamento de jornalistas perpetrado pela direcção de Luís de Barros / José Saramago (e de que este último, pelo menos, se viria a envergonhar e disso dar público testemunho) no “Diário de Notícias” de então, Correia da Fonseca caracteriza (hoje!) o episódio a partir da sua tribuna no “Avante” a propósito do falecimento do jornalista Carlos Pinto Coelho:
Do Diário de Notícias [Carlos Pinto Coelho] foi demitido depois do 11 de Março de 75 por se ter deixado envolver numa manobra contra-revolucionária executada contra o próprio jornal por um grupo de jornalistas desagradados da própria Revolução.(publicado também
aqui)
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