17/12/10

Há casos em que nem a tese do "Alfaiate do Panamá" os salva

Pode até ser certo e evidente que os diplomatas gostam de mostrar serviço, podendo ocasionalmente embelezar ou distorcer factos e informações.
Mas pelo menos em dois casos que implicam Portugal isso não pode ter acontecido: a oferta do boss do Millennium para espiar clientes em favor de um governo estrangeiro foi recusada, logo o embaixador até poderia ser acusado de inacção. E se Washington foi informada de que os voos da CIA podiam passar por Portugal, dificilmente tal dado poderia corresponder a uma invenção, pois daria origem a incidentes bicudos logo ao primeiro voo.

1 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

Luís, esse argumento de que, afinal, talvez os embaixadores tenham mentido acho que só pega em Portugal. É que é tão idiota que nem os adeptos do tea party se lembrariam dele.
Aliás, se reparares bem, só serve para uma coisa. Para dizerem, olhem, olhem, agora os anti-americanos deram em acreditar em tudo o que sai das embaixadas dos states.
Estou mesmo a ver os assessores daquele cujo nome não se pode pronunciar a terem essa ideia brilhante durante brainstorming carregados de fumo e muita lógica da batata. Pelas alminhas!